As autoridades do Texas confirmaram esta terça-feira o primeiro caso de vírus Zika nos Estados Unidos. O doente infectado vive no condado de Harris e tinha visitado a América Latina – incluindo Salvador da Bahia, no Brasil – recentemente.
Segundo Peter Hote, director do Texas Children’s Hospital, o caso provoca preocupação, porque o estado do Texas reúne as condições ideais para o desenvolvimento do mosquito transmissor do Zika, o Aedes aegypti.
“Há uma tempestade perfeita que pode facilitar a proliferação do vírus no Texas. Temos duas espécies de mosquito que pode transmitir a doença, e altos níveis de pobreza que levam as pessoas a viver em ambientes não sadios, perto de água parada”, realça Hote ao Medscape
Nos adultos, o vírus provoca sintomas mais leves que a dengue e a chikungunya – também transmitidas pelo Aedes aegypti. Os sintomas clássicos são febre, dores no corpo e manchas na pele.
No passado dia 6, o Ministério da Saúde brasileiro confirmou a existência de 3.174 casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos relacionada com o vírus Zika.
Estão em investigação também 38 óbitos de bebés com microcefalia, possivelmente relacionados ao vírus Zika.
A microcefalia não é uma má formação nova, podendo ter diversas origens, como numa infecção por toxoplasmose, no citomegalovírus e agora, confirma-se também, no vírus Zika.
O consumo de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar à doença nos recém-nascidos.
Devido ao aumento de casos de Zika, as autoridades dos Estados Unidos aconselham os cidadãos a tomar cuidados adicionais com a doença em viagens ao Brasil, como o uso de repelentes, e sugerem que as grávidas, para evitar problemas, adiem eventuais viagens à América Latina.
ZAP / ABr