Em 4 anos, zero mortos na estrada. Sim, é real

David Wilson / Flickr

Cruzamento em Hoboken, New Jersey

Num país onde morreram quase 43 mil pessoas só no ano passado, por acidentes de viação, há uma cidade nos EUA que destoa.

Já se sabe que os Estados Unidos da América são um dos maiores países do planeta, por isso têm milhões e milhões de habitantes (mais de 300 milhões). Mesmo assim, há números que assustam.

De acordo com a última contabilidade governamental, quase 43 mil pessoas morreram em 2021 devido a acidentes de viação, nos EUA. É o número mais alto desde 2005.

É uma “crise nas estradas” norte-americanas, admitiram os responsáveis – mas há pelo menos uma cidade que tenta contrariar esta tendência.

Hoboken, New Jersey, é um caso peculiar: numa cidade com 60 mil pessoas, nos últimos quatro anos, morreram…zero, em acidentes de viação.

Ryan Sharp, director de transportes local, explicou à National Public Radio que esta excepção nacional foi conseguida através de medidas simples.

Na lista das alterações estão, por exemplo: melhorar a visão dos condutores em curvas, que passam a ver mais facilmente peões ou ciclistas; em cruzamentos com semáforos, os peões têm sinal verde para atravessar antes dos carros que vão virar para a rua que estão a atravessar.

Soluções simples, mas com grande impacto.

Estas alterações surgiram numa cidade que tem uma área de somente 2 quilómetros quadrados. E sim, com 60 mil habitantes.

É uma das cidades com maior densidade populacional nos EUA, com muitas (mesmo muitas) pessoas a caminharem e, para os que conduzem, o limite de velocidade é menor, comparando com a maioria das cidades.

Este impacto no número de mortes na estrada vai de encontro à política da Vision Zero Network, uma organização sem fins lucrativos que segue a ideia sueca de reduzir – literalmente – a zero o número de mortes causadas por acidentes de viação.

E Vision Zero isso “não é apenas um slogan, avisa a directora-executiva Leah Shahum. “É literalmente uma mudança de paradigma na forma como estamos a tratar deste assunto”.

ZAP //

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