“O mundo agradece” o encontro Blinken-Xi

Xinhua / Li Xueren / EPA

Antony Blinken e Xi Jinping

Antony Blinken foi à China para falar com Xi Jinping. Nada resolvido, mas menor tensão; ou menor tensão, mas nada resolvido?

Foi a primeira ida a Pequim de um secretário de Estado dos Estados Unidos da América desde 2018.

Antony Blinken foi até à China para falar com o presidente da China, Xi Jinping.

Uma visita que aparece no meio da tensão por causa de Taiwan e no meio de uma tensão nas relações comerciais e tecnológicas.

Os EUA vêem na China um concorrente (talvez o maior concorrente). Têm procurado recuperar terreno e querem impedir transferências de tecnologia.

Essas tensões ficaram aliviadas, olhando para o que disse Xi Jinping. “Sempre depositámos as nossas esperanças no povo americano”, afirmou o presidente da China, ainda antes deste encontro.

Jorge Tavares da Silva analisou na CNN: as palavras do líder chinês “são muito relevantes”, nesta “disposição chinesa para falar com americanos. Não vimos isso nos últimos encontros”, recordou.

“Os EUA e a China precisam um do outro. Ao hostilizarem-se, estão a prejudicar-se mutuamente. E a China está numa nova fase, acabou o isolamento”, continuou o especialista em assuntos internacionais.

Este encontro foi positivo mas com maior esforço da Casa Branca do que Pequim, que ficou “mais expectante e estática”.

Mas Tavares da Silva vê outros pontos positivos. Até para o mundo em geral: “Este é o momento de dizerem que não querem escalar, que não devem escalar, porque isso poderia levar a um conflito armado. Julgo que a ideia seja colocar aqui linhas vermelhas”.

“Esta viagem de Blinken é exatamente este reajustamento, para não deixar descontrolar a situação. E o mundo agradece“, descreveu.

No Diário de Notícias, resume-se: este encontro entre Blinken e Xi “não resolve nada, mas alivia tensão”.

Manter o diálogo aberto é positivo para os dois países, ambos sabem que é melhor estabilizar as relações, mas Blinken volta a Washington sem compromisso quanto às comunicações militares.

Recorde-se que esta viagem já iria acontecer há quatro meses mas, na altura, o “balão-espião” da China abatido pelos EUA alterou os planos.

O encontro termina, aparentemente, sem medidas concretas. Fica a intenção de retomar o diálogo diplomático.

ZAP //

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