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WTA: não há Peng, não há ténis na China (chineses já reagiram)

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WTA / Twitter

A tenista chinesa de 35 anos, Peng Shuai.

A tenista chinesa de 35 anos, Peng Shuai.

Director da entidade que gere o ténis feminino suspendeu os torneios que se iriam realizar na China em 2022. Associação chinesa está indignada por causa de “informações fictícias”.

O circuito WTA, o principal do ténis feminino, não vai passar pela China no próximo ano. Pelo menos a decisão é essa, para já, devido ao caso misterioso de Peng Shuai.

Nesta quarta-feira Steve Simon, director-executivo da WTA, anunciou que a entidade decidiu suspender os torneios que estavam marcados para solo chinês em 2022.

A China iria receber vários torneios ao longo de 2021: Shenzhen, Anning, Zhengzhou, Guangzhou, Wuhan, Pequim, Hong Kong, Tianjin, Nanchang, Zhuhai e Shenzhen (WTA Finals). Estes 11 torneios estavam marcados para este ano mas todos foram cancelados – excepto o último, que se mudou para o México – por causa da COVID-19.

E voltam a ficar fora do calendário oficial por causa de Peng Shuai, a tenista chinesa que esteve desaparecida depois de ter acusado Zhang Gaoli, antigo membro do Governo chinês, de assédio sexual.

Uma das maiores figuras do desporto da China voltou a aparecer, há poucos dias. Primeiro, a dar autógrafos, depois numa chamada por vídeo com Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional. Mas não chega, defende Steve Simon: “Embora agora saibamos onde Peng está, tenho sérias dúvidas de que ela esteja livre, segura e não sujeita a censura, coerção e intimidação”.

O comunicado da WTA refere a “censura” que tem rondado o caso, na China: “As autoridades chinesas tiveram a oportunidade de acabar com essa censura, provar que Peng é livre e capaz de falar sem interferência ou intimidação e investigar a alegação de assédio sexual de uma forma completa, justa e transparente. Infelizmente, os líderes na China não abordaram este assunto tão sério de uma forma credível“.

“Nada disto é aceitável. Nem pode passar a ser aceitável”, continua o líder da WTA, que anuncia que a suspensão dos torneios marcados para a China foi uma decisão que contou com o apoio total dos outros directores da entidade.

Steve Simon não queria chegar a este ponto mas tinha receio do que poderia acontecer às jogadoras, caso participassem em torneios na China.

A Associação de Ténis da China já reagiu. Está indignada e considera que esta decisão baseou-se em “informações fictícias, que afectam a atleta e as oportunidades de competir” das tenistas locais.

Nuno Teixeira, ZAP //

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1 Comment

  1. É o que dá trocarem valores morais por dinheiro…
    Foi assim nos jogos Olímpicos, no mundial futebol do Quatar, da F1 nos Emirados e na Arábia Saudita, de Sochi, etc, etc…

    Se não é democracia, não tem direito a eventos internacionais!!

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