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Aos 11 anos, William terminou curso na universidade

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(dr)

William Maillis, o jovem norte-americano que acabou o curso na universidade com apenas 11 anos

Aos 11 anos, William Maillis terminou o curso na St. Petersburg College, nos EUA, e vai iniciar uma licenciatura no outono. O seu sonho é trabalhar na NASA e provar que Deus existe.

Segundo o Observador, William Maillis cresceu rápido. Aos sete meses já conseguia falar com frases completas, aos dois anos já conseguia resolver problemas de matemática simples e aos quatro anos já dominava álgebra.

Aos cinco anos, a criança foi oficialmente declarada um “génio” pela psicóloga da Universidade Estatal do Ohio, Joane Ruthsatz, que estudou o seu caso. Por isso, em 2016, quando tinha nove anos, terminou o Ensino Secundário e decidiu inscrever-se na universidade.

Dois anos mais tarde, William recebeu o “diploma de associado” (“associate degree”), um grau académico que existe nos EUA e que é um nível intermédio entre o Secundário e a licenciatura. Este sábado, o jovem norte-americano de 11 anos, que quer ser astrofísico e trabalhar na NASA, recebeu o diploma da St. Petersburg College, conta o jornal online.

Ainda este outono, o rapaz vai iniciar a licenciatura na University of South Florida, sendo um dos seus principais objetivos  terminar o doutoramento antes de atingir os 18 anos.

“Todos recebemos dons de Deus. Eu recebi o conhecimento, a ciência e a história”, afirma o menor, acrescentado que quer “provar ao mundo, através da ciência, que Deus existe mesmo”. “Ciência e religião não são diferentes”, explica. “A ciência é uma ferramenta para explicar o mundo. A ciência não desaprova Deus”.

De acordo com o Observador, estima-se que existam um em cada milhão de pessoas como William. Um desses casos é Laurent Simons, um rapaz belga que, com apenas 8 anos, já terminou o Ensino Secundário e foi aceite em várias instituições universitárias.

ZAP //

31 Comments

  1. Parabéns William Maillis, tiveste sorte em nascer nesse País, se fosse em Portugal ainda andavas na primaria, com estes Professores em Greve

    • Calma, o miúdo sabe lá o que diz!….
      Ele só 11 anos e vive num país onde o presidente anda sempre com a bíblia com a mão, nos tribunais se jurar sobre a bíblia, nas notas diz: “In God We Trust”, etc, etc…
      É natural que ande um pouco confuso!…
      Se ele é assim inteligente e continuar a estudar, certamente que essa “ideia” lhe vai passar…

  2. Até onde vai o juízo humano…
    Ou ando enganado ou isto de deus virou ao avesso.
    Até aqui tudo bem ser um super dotado, agora meter no barulho crenças? realmente esse deus deve estar a saltar da tumba lá para os lados de Israel. Desculpem os crente e os descrentes.

  3. Parecem-me inconciliáveis as teorias cientificas e as teológicas sobre Deus, Stephen Hawking explicou no seu livro “O Grande Desígnio” que a criação do universo não se deveu a nenhuma entidade sobrenatural, dado que, antes do Big Bang, o tempo não existia devido à distorção do espaço/tempo derivada da gravidade extrema associada à concentração de massa existente num único ponto do espaço. Logo se não existia tempo, como poderia alguém criar algo antes dele existir?

    • Hoje com esta vou ter de me esticar um bocado com o tempo de antena…

      “Stephen Hawking explicou no seu livro “O Grande Desígnio” que a criação do universo não se deveu a nenhuma entidade sobrenatural”…

      Stephen Hawking não explica verdades absolutas sobre nada porque se ele não acredita em Deus, então muito menos é ele Deus para fazer tal afirmação. Ele quando muito “TEORIZOU” ou “DEFENDEU A IDEIA DE” Deus não existir.

      Stephen Hawking (e eu já li diversos trabalhos seus como Breve História do Tempo, etc..) sofre a meu ver de dois graves problemas ainda por cima combinados: Arrogância intelectual e inconformidade com a terrível doença que o afligiu desde cedo, o que lhe criou uma antipatia natural com o conceito de Deus… Pelo menos da maneira que ele é entendido tradicionalmente nas religiões Abraâmicas (Cristianismo, Judaismo e Islamismo).

      Repare na forma como a frase está feita “se não existia tempo, como poderia alguém criar algo antes dele existir?” – Repare que há aí duas falhas lógicas. Uma é partir do princípio de que em existindo um Deus, ele viveria subordinado às leis físicas que conhecemos nesta realidade espaço-temporal em que vivemos. Achar que não pode haver nada para além de uma realidade composta de 3 dimensões espaciais e uma temporal, é o primeiro erro. O que a teoria do Big Bang (a qual está longe de ser uma teoria definitiva e consensual científica) implica, é que antes do Big Bang, não existia esta realidade espaço-temporal. Nada diz sobre a possibilidade de outras realidades com outras dimensões e outras leis, existirem antes do Big Bang ou fora da realidade criada pelo Big Bang. Logo, isso está longe de refutar a possibilidade da existência de outras realidades ou outras entidades. Não há nenhum impedimento lógico, filosófico ou matemático para tal.

      Esqueça agora a ideia de Deus como um “ser” ou (mais ridículo ainda) um gajo de barbas brancas sentado acima das núvens e tal… Esqueça também os disparates históricos todos da Igreja e dos cleros. A religião (ou se quiser as religiões) na sua fundação original, são formas de espiritualidade e estar na vida. Nada têm a ver com “descrição” dos fenómenos. A função da religião não é a de descrever modelos explicativos das leis do universo, dos fenómenos e dos objectos. como tal, ciência e religião (no seu sentido verdadeiro), não competem entre si… E se históricamente alguma vez competiram, é porque em dada altura, devido a interesses muito pouco espirituais, a igreja se quis imiscuir em assuntos do foro da ciência, competindo com ela na explicação da realidade e da história… Tudo com fins de consolidação de poder… Nada a ver com espiritualidade.

      Actualmente assite-se à estupidez inversa. A ciência começa a querer funcionar como uma religião e são as próprias pessoas a quererem fazer da ciência a sua nova religião. Repare-se que ouvem-se muitas vezes absurdos semânticos tais como “um facto científico”… Ora a ciência não tem factos, apenas aresenta modelos que explicam e ajudam a prever os fenómenos sempre por aproximação. Na altura do Iluminismo, achava-se que a física de Newton explicava tudo no universo. Já se sabia tudo e já não havia nada por descobrir. Não tardou a perceber-se que isso era um disparate. Hoje em dia sabe-se que nem a Quântica nem a Relatividade explicam tudo. De facto, nunca houve tantas perguntas porque quanto mais se sabe, mais consciência se tem do quanto há por saber. O conhecimento é como uma ilha num oceano infinito. A ilha (o conhecimento) pode crescer e ser sempre maior… Mas há sempre um infinito oceano à volta e a linha de costa da ilha (que representa a noção da dimensão do desconhecido), não pára de crescer com a ilha. Quanto mais sabemos maior a noção do que não se sabe.

      Infelizmente como eu dizia, as pessoas ainda estão muito agarradas àquela ideia iluminista de que a ciência explica tudo. É frequentemente alguém dizer a “ciência provou”… Para uns anos depois a própria ciência dizer que afinal não era bem assim. Para essas pessoas a ciência é dona da verdade e se ela diz que é assim, é porque é assim. As pessoas nem precisam de saber de ciência para perceber PORQUE É que é assim. Confiam cegamente porque é a ciência que diz, e acabou… Alguém pensa por mim, para que eu possa viver no conforto das minhas pequenas certezas. Ora o que é isto senão a mesma atitude de sobserviência perante dogmas, que as pessoas têm perante certas religiões? Agora os cientistas são os sacerdotes e a sua palavra é sagrada. Depois pode vir a descobrir-se que afinal não era nada assim… Mas não faz mal, desde que sejam os sacerdotes da verdade a corrigir a verdade, andamos todos contentes, de verdade em verdade, ao sabor da sua autoridade intelectual.

      Não… A ciência é apenas um modelo explicativo, temporário e por aproximação, da realidade. A ciência NÃO É a realidade. Um modelo e aquilo que esse modelo descreve não são uma e a mesma coisa, nem são lógicamente equivalentes. O mapa não é o território… E da mesma forma que no mapa da serra de sintra não estão lá representados todos os átomos que compõe a serra, os seus animais, as suas plantas, raízes etc… Da mesma forma, a ciência não explica nem explicará nunca tudo. A ciência debruça-se sobre a realidade que nós conseguimos experienciar com o nosso intelecto e os nossos sentidos… E o nosso intelecto tem limites próprios. NÓS NÃO TEMOS UM INTELECTO ILIMITADO. Sendo nós um sub-produto desta realidade, nunca teremos capacidade de a transcender com o nosso intelecto, ele próprio sub-produto dela. Um subconjunto nunca explica o conjunto. Em termos matemáticos, não se pode descrever o conjunto dos números Reais, com os números inteiros. um personagem de um jogo de computador, nunca conseguirá compreender a realidade fora do jogo, onde vive o programador, etc…

      Por isso caro Filipe… quando eu ouço que o Stephen Hawnking “explicou” que Deus não existe… Até levo as mãos á cabeça! 😉 O Senhor Hawking era muito inteligente, paz à sua alma. Certamente mais inteligente do que nós. Mas não era nem dono da verdade, nem pode refutar a possibilidade de alguma “coisa” criar esta realidade (de que o tempo é uma dimensão), simplesmente porque esa realidade ainda não existia. Ora se esse criador é exterior à realidade (e ao tempo), não precisa que o tempo exista para criar a realidade. Isso tem tanta lógica como afirmar que eu não posso existir antes de eu programar uma determinada realidade virtual, porque ela ainda não existia!.. Ora se eu eu estou fora dela, não dependo da criação das dimensões dessa realidade virtual, para existir eu próprio.

      • Bem… em princípio, todos percebemos o que é a ciência…
        Agora só falta o mais importante: explicares o quê/quem é deus!!
        Cada vez que se fala de deus, põe-se sempre a fazer considerações sobre a ciência e não dizem absolutamente NADA sobre esse tal deus!!
        Estranho!…

      • Oh “Tu”… Eu não tenho de explicar o que é Deus. Tal como disse, um ser humano com o seu intelecto que não é ilimitado, nem tudo consegue compreender, quanto mais explicar. Se Deus for o criador desta realidade, nada dentro dela terá capacidade para a compreender. Isso foi o que eu penso ter deixado bem claro. Um personagem de um jogo de computador não compreende nem explica a realidade cá fora da realidade virtual onde vive. O conjunto matemático dos números inteiros não consegue descrever/explicar o conjunto dos números reais (penso que esteja familiarizado com isto pelo menos desde o 10º Ano de Escolaridade), etc…

        Você quando diz “explicar” Deus já está a articular mal a questão. Explicar é criar um modelo da realidade adaptado às limitações do intelecto humano. Ora se esse Deus, for a força criadora da realidade… Nunca pode ser “explicado” por seres limitados a uma realidade criada por ele, já que a natureza do criador transcende a da realidade criada e dos sub-produtos dessa realidade.

        Tudo o que eu estou a dizer, uma vez mais, não pretende nem pode por si só “explicar” Deus. Pode quando muito, e é isso que estou a fazer, demonstrar por dedução lógica, a impossibilidade de negar categóricamente a existência de Deus, ou de provar a sua inexistência porque… inexistência de prova não é prova de inexistência.

      • Correcção da frase acima: “… nada dentro dela terá capacidade para “O” compreender.”

        E não, “para “A” compreender.”

      • Por acaso (e falo sinceramente, porque costumo ler com alguma atenção o que escreves!), gostaria de ver essa resposta.
        Tenta colocar o texto novamente e pode ser que o texto seja aprovado – de vez em quando acontece-me o mesmo!!

      • Claro que não tens que explicar nada…
        Mas, se falas em deus, eu gostaria de perceber o queres dizer com isso… se nós não temos capacidade para compreender, então esse deus não nos interessa para nada!!
        Se está fora do alcance dos humanos, NÃO EXISTE (mesmo que exista)!!
        É apenas tempo perdido com teorias e com “se’s”.
        E uma qualquer personagem de uma jogo NUNCA se terá perguntado quem a terá criado, ou o que existirá para além desse jogo… digo eu….
        Estamos plenamente de acordo em: “a inexistência de prova não é prova de inexistência”!
        Mas, o resto acaba por ser “nada”!…

      • Caro Eu! Se for para perceber o que eu quero dizer quando falo em Deus, vou ter de fazer outro bruto texto. Lamento mas não há outra forma porque o assunto tem a sua complexidade.

        Posso começar por dizer que não me refiro necessáriamente a nenhum conceito de nenhuma religião Abraâmica nem se calhar de nenhuma religião em particular. Talvez o conceito que mais se aproxime ao que eu entendo por “força criadora” da realidade que exprienciamos, seja o conceito Hinduista de Brahman ou Paramatman. Mas também não sou nenhum hinduista nem budista nesse sentido do termo. Apenas consigo ver os paralelos entre esses conceitos ancestrais espirituais, e certos modelos explicativos da realidade para que a moderna Física Quântica parece cada vez mais apontar.

        Há duas ressalvas que importa fazer. Podem-se deduzir lógicamente coisas que ainda não se conseguem explicar. Muitas das descobertas científicas para as quais hoje existem explicações, foram deduzidas lógicamente antes de conseguirem ser explicadas e descritas ao pormenor de forma empírica (experimentalmente) e/ou abstrata (matemáticamente). A Gravidade, a matéria e a energia negra, o bosão de Higgs, etc… São exemplos disso. Foi necessário por exemplo desenvolver tecnologias como os aceleradores de partículas para confirmar experimentalmente e desse modo “explicar” de forma mais descritiva, fenómenos que haviam sido deduzidos lógicamente antes. A filosofia é a mãe de todas as disciplinas intelectuais, de onde a matemática, a lógica, a geometria e muitas outras disciplinas surgiram. A dedução lógica, não é conversa de café arbitrária e segue procedimentos formais e regras muito concretas como silogismos, etc… Os átomos haviam sido deduzidos lógicamente na Grécia antiga por Demócrito e pelos filósofos atomistas, milénios antes de serem comprovados matemática ou experimentalmente por cientistas como Joseph John Thomson, Ernest Rutherford, James Chadwick ou mais tarde Erwin Schrödinger, Max Plank ou Neils Bohr. Muitos dos conceitos verificados pelo método científico são préviamente deduzidos lógicamente.

        Não acredito fazer sentido falar em explicar ou descrever científicamente Deus, pelos motivos que já referi inerentes às limitações do intelecto. Mas acredito ser possível deduzir lógicamente, até usando conceitos e paradigmas científicos actuais algo a que podemos chamar “consciência universal” vista como força criadora de toda a realidade que experienciamos. Não sei se podemos equiparar isso a “Deus” mas, pela forma como é deduzido lógicamente, aproxima-se do conceito Hnduista de “Brahman”.

        Discordo totalmente da sua ideia de que aquilo que os humanos a dada altura não conseguem descrever pelos modelos científicos da realidade, não tenha valor ou não sirva para nada. Em primeiro lugar, o conhecimento nunca avançava se tentássemos explicar o que ainda não se conhece, com o que já se conhece. Imagine que só conhecemos números inteiros… Nunca vamos conseguir descobrir os números fraccionários, se tentarmos usar só os números inteiros para os descrever! E acha que eles não têm valor para nós? Se por um lado nunca conseguiremos saber tudo dadas as limitações do intelecto, por outro também estamos longe de já não conseguir saber mais nada. E as novas descobertas fazem-se por aqueles que pensam “fora da caixa”, e não por aqueles que querem fazer novas descobertas sem transcender ou meter em causa, os paradigmas do conhecimento actual.

        A consciência (humana mas não só) é a única coisa fundamental desta realidade. Tudo o resto é “representação” da consciência. Usando uma metáfora actual, a consciência é como um computador que “renderiza” informação (linguagem de programação” e a transforma num conjunto de interpretações e significados, que consitituem a experiência da realidade, tal e qual nós a experienciamos. A matéria como sabe é feita de átomos e esses átomos possuem electrões, protões e neutrões os quais por sua vez se dividem em partículas sub-atómicas… Mas no fim disso tudo, fica o quê? Existe alguma partícula final e indivisível? Não! Tanto os electrões como as partículas sub-atómicas são “ondas de probabilidade”. Não existem “realmente”, existem “estatísticamente”… Têm determinado potencial de existir, mas não existem de forma definitiva. E o que são então essas ondas de probabilidade? No fundo são equações matemáticas. É informação!.. Nada mais. A matéria é informação. E quem interpreta essa informação? A consciência.

        A consciência (com que a ciência tanto se debate sem conseguir compreender nem “explicar” – lá está) não é produzida no cérebro. Se é a consciência é que “renderiza” ou “representa” ou “cria” esta realidade física-material, então o cérebro é ele também produto da consciência, e não o contrário. Se quiser, os nossos corpos, incluindo o cérebro, são como que um “avatar”… Um interface entre a nossa consciência e a realidade por ela construida. São o “personagem” do nosso jogo de computador, e nós consciência, somos o jogador.
        A consciência precede tudo, incluindo o cérebro que é apenas um instrumento para interagir nesta realidade “virtual” que a própria consciência cria. Podemos falar em consciências individuais (a minha, a sua…) e podemos falar da consciência como um fenómeno universal, da qual todos partilhamos. Esta dupla individualidade e universalidade, é uma das coisas comuns entre este conceito e os conceitos hinduistas de consciência individual (Atman) e universal (paramatman ou Brahman)…

        Mas tanto um modelo que tente derivar a consciência com metáforas de realidade virtual, como um que o tente fazer com metáforas hinduistas, estará sempre a fazê-lo por aproximação, pois se o nosso cérebro é produto da consciência, nunca poderemos compreender o que é a consciência universal usando o pensamento racional, ie, o intelecto, porque esse está limitado. Podemos deduzir a sua existência lógicamante, mas não “explicá-la”, descrevê-la científicamente. Só mesmo um estado de comunhão da consciência individual com a consciência universal (em estados meditativos por exemplo) é que permite “entender” a consciência, mas não de uma forma intelectual, mas sim “sendo” consciência em vez de “entendendo” a consciência. Entender, implica sujeito e objecto. Neste caso trata-se de eliminar a dicotomia sujeito-objecto mas sim obter um estado de comunhão com a realidade. “Ser” um só com a realidade.

        É o eliminar desse estado de separação sujeito-objecto com a realidade e com a consciência universal, que é o objectivo fundamental e espiritual de qualquer religião (do latim “religare”. Não se trata de “compreender” ou “explicar” Deus de uma forma descritiva… Mas sim de ser um com ele… com a força criadora e criativa da realidade. A nossa ânsia de explicações, de descrições, de modelos explicativos, de mapas… Faz-nos perder o estado de comunhão com a realidade. Você pode ver um mapa de um local e as fotos de um local as vezes que quiser, mas nunca terá a experiência de estar no local em si. A experiência no aqui e no agora de lá estar, nunca pode ser experiênciada através de descrições, sejam elas quais forem. Deus/a Consciência Universal/Brahman, o que queiramos chamar à força criadora e criativa da realidade que experienciamos, não dá para descrever porque por definição transcende essa realidade. Mas pode ser experienciado de forma directa num estado de comunhão, porque sendo consciência, também somos Deus, nesse sentido.

        Os mais actuais modelos de explicação da realidade por Realidade Virtual (Nick Bostron, Edward Fredkin, Brian Whitworth) apontam neste sentido. A Física Quântica aponta neste sentido, muito do misticismo oriental apontava já neste sentido, Platão apontava neste sentido, Kant aponta um pouco neste sentido, Schopenhaur (o Mundo como Intento e Representação) aponta imenso neste sentido, a Fenomenologia de Husserl ou Heidegger, apontam neste sentido. Actualmente Físicos como Tom Campbell (My Big TOE) ou Peter Russell (From Science to God) apresentam Teorias de Tudo totalmente baseadas na Conciência como ponto de partida fundamental da realidade.

        Você pode perguntar “então se não se consegue descrever intelectualemtne o que é a consciência” como é que se pode construir modelos explicativos da realidade com base nela?” – Pois é… Talvez você não saiba, mas todos os modelos explicativos científicos têm de partir de uma Suposição, ou Hipótese. É o ponto de partida de qualquer modelo científico. Por exemplo, a Teoria da Relatividade parte da Suposição de que a velocidade da Luz é constante “C”, não explica porquê… Mas deriva tudo daí: define uma realidade a 4 dimensões em que o Tempo é a 4ª Dimensão e em que por esse motivo, Espaço e Tempo são relativos (um ao outro). Daqui Einstein deduziu lógicamente que ao nos aproximarmos da velocidade da Luz, o tempo fica mais lento e a massa tende para o infinito. Toda a gente se riu dele até que isto fosse provado experimentalmente. Por isso como vê, todas as teorias começam por uma suposição e essa suposição não tem de ser provada ela mesma… As coisas que derivam dela lógicamente é que têm de bater certo. Pois acontece que modelos que explicam a realidade com base na suposição de que a consciência existe como ponto de partida, depois derivam tudo o resto lógicamente e tudo bate certo. Mais certo ainda do que a Física Quântica e do que a Relatividade.

        Um modelo baseado na consciência que renderiza uma realidade virtual em que tudo é informação ou “dados”, resolve a maioria dos conflitos actualmente existentes entre Relatividade e Quântica. Mas não vá pelas minha palavras e confira você mesmo os nomes dos cientistas que referi (Nick Bostron, Edward Fredkin, Brian Whitworth, Tom Campbell, Peter Russell)… Deste modo, os modelos científicos da realidade mais avançados que aí estão a chegar em força, fazem todos mais sentido se a consciência for o “computador” que “renderiza”/cria/representa a realidade. Sendo que apenas a Consciência é fundamental e tudo o resto é derivável lógicamente e matemáticamente a partir daí. Tal como a velocidade da luz consyante de Einstein.

        Portanto eu não falaria em Deus, mas sim em Consciência como aquilo que cria a realidade que experienciamos. Os paralelos com os aspectos mais ancestrais e comuns a quase todas a teologias e religiões, são inevitáveis… Mas nada tem a ver com aquele conceito distorcido de Deus, como um “ser” que constroi realidades. Não consciência somos todos e é tudo. De facto é a única coisa que existe. É esta sensação de “Eu sou” que todos conhecemos, e que até aqui erradamente se pensou ter origem num dos orgãos do nosso corpo: O cérebro. é por isso que se chama ao paradigma científico que tem dominado de “materialismo” ou “fisicalismo”. Mas lá porque tem sido a moda nos tempos das nossas vidas, não nos deve cegar nem impedir de o transcender, quando uma perspectiva que dá primasia à consciência sobre a matéria, apresenta melhores resultados em termos de interpretação dos fenómenos, como é o caso destas novas teorias científicas que têm vindo a ganhar terreno.

      • Só para saber… Eu respondi-lhe ontem, mas o ZAP não aprovou ainda a resposta. Como é do tamanho de 7 comboios, dá muito trabalho a ler para aprovar… Até porque já aprovaram outras que postei depois dessa.

      • Obrigado sou eu pela paciência de ler. Da maneira que a vida é hoje em dia, não são todos que dão assim o benefício da dúvida de dedicar o tempo necessário a ler um texto tão grande numa secção de comentários de notícias-

      • Posso assegurar-lhe que apenas li este seu último comentário. Atendendo ao que geralmente aqui escreve seria seguramente uma enorme perda de tempo ler uma aberração intelectual vinda de si daquela dimensão.

      • Olhe já eu não faço ideia do que é que você costuma escrever. Nunca reparei em si…

        Mas agora que não deixar a sua miopia intelectual passar despercebida, apenas lhe posso sugerir que não fique triste. A culpa não é sua… É da sua mãe que nunca devía ter nascido.

      • Agora a culpa é da maezinha. Não não é. É provavelmente do amante do seu pai que muito provavelmente será o seu pai também. E devia com acento é bem bonito.

      • Bonito, bonito… São as canções do Tozé Brito.

        Mas olhe mãezinha sem til ainda é mais espectacular.

  4. Já parte do principio de que deus existe. É normal, pode talvez provar primeiro que o pai natal e as suas renas voadoras tb existem.

    • Existe uma diferença considerável entre inexistência de provas e provas de inexistência. Não são coisas lógicamente equivalentes.

  5. Lá se foi a inteligência! Provar que Deus existe.
    Claro que existe! Desde que os humanos com fé acreditem, existe sempre na cabecinha dos crentes!
    Mas, fica por aí…

    • E a não existência de Deus? Também só existe na cabecinha dos ateus. Mas fica por aí… Até porque os agnósticos não dizem que Deus não existe, apenas dizem que não é possível provar que ele existe. Ora, inexistência de prova não é prova de inexistência.

      Dizer que não existe, tem tantas “provas” como dizer que existe. Por isso, a afirmação de que Deus não existe, não vai além do estatuto de crendice.

      • Atenção que o”Eu” não sou “Eu!”…
        Mas estou complemente de acordo com o que ele escreveu (deus existe (pelo menos) na cabeça de quem acredita nele) e acrescento: “o diabo somos todos nós”!

      • Então mas o Eu não é o Eu! e depois ainda vem o Eu! falar dele ao outro! E enquanto o Eu fala em Deus o Eu! fala no diabo! Venha o diabo e escolha qual Eu será o dele.

  6. Faz-me lembrar o Relvas! Esse sobredotado que também fez uma licenciatura inteira sem sentir a necessidade de ler um único livro. Isso sim, é obra! Como estes há poucos.

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