Voo Porto – Nova Iorque desviado devido a “odores” a bordo

Avião aterrou em St Johns devido a odores que podem vir do sistema de ventilação ou da cabine/cockpit.

Um voo da TAP que partiu na segunda-feira do Porto e que seguia para Nova Iorque divergiu por precaução para St. Johns, Canadá, devido a odores (“fumes”) a bordo, adiantou à Lusa fonte da companhia aérea.

Ainda segundo fonte da companhia aérea portuguesa, o voo TP211 aterrou “em absoluta segurança”.

A mesma fonte não esclareceu, de imediato, quando e de que forma o voo com destino a Newark, Nova Iorque, seria retomado.

Segundo o ‘site’ que rastreia voos em todo o mundo, Flight Radar, o Airbus A321 da TAP que partiu do Porto aterrou no Aeroporto Internacional de St. Johns pelas 22:46 de segunda-feira (hora portuguesa).

De acordo com uma nota da TAP, situações relacionadas com a qualidade do ar da cabina (Cabin Air Quality, CAQ), onde se englobam odores/fumes/smokes, são “eventos que têm desde há muitos anos merecido a atenção global por parte dos operadores e fabricantes da indústria de aviação comercial”.

Estas ocorrências com cheiros intensos ou desagradáveis a bordo pode dever-se a odores no sistema de ventilação (líquido anticongelante, falha elétrica ou na ventilação, óleo de motor ou combustível, entre outros) ou itens na cabine/cockpit (bagagem de mão, produtos de limpeza, desinfetantes ou produtos de desinsetização).

“A maioria dos odores identificados a bordo como sendo estranhos ou pouco habituais, não estão necessariamente associados a substâncias que provoquem o aparecimento de reações fisiológicas“, destacou a TAP.

A companhia aérea sublinhou que “estes eventos são monitorizados de forma contínua e detalhada pela TAP, através dos reportes das tripulações (…) de modo a adequar as medidas de mitigação para eliminação das ocorrências”.

“A TAP tem estado muito atenta a estes episódios, mesmo que no universo de todos os voos estes sejam uma percentagem residual, o que não nos tem impedido de fazer todos os esforços para esclarecer qualquer dúvida e procurar ativamente e com persistência soluções disponíveis na indústria”, frisou ainda na nota sobre este tipo de ocorrências.

De acordo com o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), em 2024 houve 1.249 reportes deste tipo de ocorrências na base de dados europeia, sendo um assunto que tem vindo a ser objeto de atenção pela indústria, organismos de investigação e EASA, regulador europeu.

// Lusa

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