Campanha do Banco Alimentar de volta, sem receio da inflação

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foto: bancoalimentar / facebook

Isabel Jonet não acredita que a inflação afecte as doações ao longo deste fim-de-semana. 40 mil voluntários contribuem para a campanha.

A A Campanha de Recolha de Alimentos promovida pelos Bancos Alimentares volta este sábado e domingo aos supermercados, envolvendo cerca de 40 mil voluntários.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, afastou o receio de que possa vir a existir menos doações devido aos aumentos dos preços e da inflação, mas manifestou-se “preocupada com o impacto” que têm nas famílias mais carenciadas.

“Estas pessoas estão a sofrer mais este impacto porque os orçamentos familiares não esticam para poderem acomodar mais acréscimos de preços”, declarou à Lusa Isabel Jonet.

Quanto à campanha de recolha de alimentos, a presidente da Federação dos Bancos Alimentares disse estar confiante, uma vez que se “caracteriza por terem milhares de pessoas a oferecerem bens”.

A Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome sublinha, em comunicado, que “a campanha desta edição reforça ainda mais a importância da envolvência de cada um nesta causa, pois cada contributo é uma ajuda imprescindível”.

“A par da situação pandémica que teve um enorme impacto económico e social na população, vivemos agora outro contexto complicado que vem agravar a situação de muitas famílias. Por isso, nesta campanha, pedimos: `Seja o próximo a ajudar o próximo`, contribuindo com um donativo em alimentos”, reforça Isabel Jonet na nota.

Segundo dados da organização, em dezembro de 2021, os 21 Bancos Alimentares conseguiram angariar 1.680 toneladas de alimentos, que contribuíram para a alimentação de mais de 380.000 pessoas com carências comprovadas, identificadas pelas cerca de 2.500 instituições e entidades que operam no terreno, acompanhadas pelo Banco Alimentar da respetiva região.

Para participar na campanha basta aceitar um saco do Banco Alimentar, fornecido por voluntários credenciados, e colocar no mesmo produtos que não sejam perecíveis, de preferência conservas, massas, arroz, leite, entre outros, para ajudar as pessoas e famílias mais carenciadas.

Os bens recolhidos serão depois encaminhados para os armazéns do Banco Alimentar de cada região para posterior entrega às entidades beneficiárias.

Em paralelo, as pessoas podem ainda contribuir até 5 de junho através da campanha “Ajuda de Vale”, com vales disponíveis em todos os supermercados, cada um com um código de barras especifico, correspondente ao alimento selecionado para doação, cujo valor é acrescentado no ato do pagamento, ou no ‘site’ www.alimentestaideia.pt, um portal de doações ‘online’.

O Presidente da República visita este sábado as instalações do Banco Alimentar em Lisboa.

// Lusa

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