Daqui a oito anos, supostamente, só serão vendidos carros eléctricos. Mas o crescimento do mercado está a ser lento e há contas a fazer.
O grupo Volkswagen, sobretudo as marcas Volkswagen e Audi, estão a pensar continuar a produzir carros com motores a combustível durante mais tempo do que era suposto.
Daqui a oito anos, supostamente, só seriam vendidos carros eléctricos pelas duas marcas alemãs. Mas o crescimento do mercado está a ser lento e há contas a fazer daqui até 2033.
Segundo o Handelsblatt, a próxima ronda de planeamento de investimentos no início de Março pode confirmar: a aposta nos combustíveis é para continuar.
Na próxima década, os modelos mais conhecidos da Volkswagen – Golf, T-Roc ou Tiguan – podem ser alvos de facelift, ou seja, ganharem uma nova “vida”, ficando diferentes no aspecto e no funcionamento, ou em ambos. E isso não estava previsto até agora. Na Audi pode acontecer o mesmo com o A3.
Há poucos dias, a Porsche anunciou que vai voltar a investir em modelos a combustão e híbridos.
A nova previsão é que os modelos a combustível continuem a ser fabricados até 2035. No mínimo.
É que pensar em 2033 como o fim de vendas de carros a combustíveis é pensar num prazo pouco realista, diz-se nos bastidores do grupo alemão. Isto porque o crescimento da mobilidade eléctrica tem sido lento e os planos que se faziam há uns anos já não são os planos de hoje.
As vendas de eléctricos são consideradas fracas.
Além disso, as eleições daqui a poucos dias podem mudar o rumo político e económico da Alemanha; e em Março vai ser apresentado um novo plano de acção para a indústria automóvel.
A incerteza reina. E também reina uma palavra: flexibilidade. Nos planos, nas quotas, nas metas ambientais. “Vamos ver…”, resume um director da Porsche (que também pertence ao grupo Volkswagen).
“O importante é o aqui e agora, e não o que acontecerá em 2030 ou 2035”.
