Vítima de assédio obrigada a deixar emprego na Câmara de Sátão

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A vítima alega que fez queixa aos Recursos Humanos e ao Presidente da Câmara, mas nada foi feito. O caso está nas mãos do Ministério Público.

Uma ex-funcionária da Câmara de Sátão alega que teve de abandonar o emprego por causa do assédio sexual de um chefe direto. A vítima refere que o assédio começou quando ainda era estagiária e que continuou quando entrou para os quadros da autarquia, tendo o chefe alegadamente enviado mensagens e fotos de cariz sexual e tocado de forma inapropriada na funcionária.

A mulher acabou por não aceitar a proposta de renovação e avançou com uma rescisão do contrato por justa causa. O caso já está a ser investigado pelo Ministério Público, avança o Correio da Manhã.

O estágio começou em março de 2021, tendo o seu orientador de estágio aproveitado a sua posição superior para assediar a vítima, lembrando-lhe que tinha poder para influenciar o júri de avaliação para lhe atribuir uma nota mais alta. O chefe terá começado a mandar mensagens detalhadas sobre as as roupas da funcionária e sobre as suas fantasias sexuais.

Em janeiro, a trabalhadora recebeu uma missiva da câmara a comunicar a renovação do contrato mas, “perante as situações de assédio e violação da intimidade”, recusou e avançou para a rescisão.

A mulher diz ainda que fez queixa do superior ao Presidente da Câmara, mas nada foi feito. A vítima também fez uma participação ao vereador com o pelouro dos Recursos Humanos.

O responsável do municípioa acusado de assédio nega as acusações e diz “não ter conhecimento de qualquer queixa”. O homem arrisca uma pena de até um ano de prisão.

A mulher começou a receber apoio psicológico em junho devido ao stress e à ansiedade que a situação lhe causou.

ZAP //

3 Comments

  1. Estas situações são sempre protegidas pelos superiores, sejam casos de assedio de más praticas medicas ou outras, as coorporações protegem sempre os seus.
    É tempo de acabar com esta impunidade , é quase tão grave quem assedia como quem protege o abusador. dito isto que se castigue também se houverem falsas acusações, mas não acho que seja o caso.

  2. Eu que o diga, foi informado à presidente da Instituíção, da qual trabalhei, atráves da minha psicóloga, nada feito, Exposição ao Ministro da República para a Madeira, nada feito, enviado email`s ao Presidente do Governo Regional da Madeira, à Secretária da Tutela da instutuíção da qual pertenci, nada feito, só quando foi contactada pela jornalista do Jornal da Madeira é que deu por terminado o Processo de Inquérito e Disciplinar, só para não sair nesse Jornal. Um dia virá a público os nomes destes salafrários, “dois deles” Vogais do Concelho de Administração. Entretanto estive com um Advogado em Lisboa, e com um Juíz a analisar todo o processo e esbarrou-se somente por falta de provas e continua estes miseráveis impunes. porque alguns sabem dos casos e calam-se por cobardia, até um dia em que estes acordem no cemitério. Tudo na vida tem um fim, será que um dia não se fará justiça?.

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