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Vieira não despede Jorge Jesus. Divórcio terá de ser iniciativa do treinador

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Luís Filipe Vieira mantém a confiança em Jorge Jesus. O treinador vai continuar, pelo menos, até ao fim da temporada. A sua saída terá de ser pelo próprio pé.

Com ou sem título, Jorge Jesus será treinador benfiquista, pelo menos, até ao fim da temporada. O recente deslize frente ao Moreirense deixa os ‘encarnados’ a 13 pontos do Sporting CP e, embora ainda haja muito campeonato pela frente, as ambições ao título na Luz são cada vez mais diminutas.

Mas Luís Filipe Vieira mantém a confiança no treinador que regressou esta temporada a uma casa onde foi feliz no passado, avança o Record. Apesar da irritação do presidente benfiquista com o momento de forma da equipa, Vieira descarta a hipótese de despedir Jorge Jesus, evitando pagar-lhe uma indemnização choruda.

Assim, o único cenário em que um divórcio é equacionado é caso o veterano treinador decida sair pelo próprio pé. Desta forma, o Benfica ficaria livre de uma conta pesada, abrindo portas a uma negociação de um acordo vantajoso para ambos.

Jorge Jesus tem contrato até junho de 2022 e, segundo estimativas da comunicação social, terá um salário não superior a 4 milhões de euros.

A decisão de não despedir Jorge Jesus é também uma forma de Luís Filipe Vieira não se ‘queimar’, dando mais tempo ao técnico de 66 anos para justificar o grande investimento feito pelo emblema da Luz.

Não só o Benfica fez um grande esforço para contratar o treinador ao Flamengo, juntamente com a sua equipa técnica, como também investiu forte em contratações.

Darwin Núñez tornou-se o jogador mais caro de sempre do futebol português, custando 24 milhões de euros ao UD Almería, do segundo escalão espanhol. Também Éverton (€20M), Pedrinho (€18M) e Luca Waldschmidt (€15M) constituíram investimentos significativos para os ‘encarnados’. Gilberto custou apenas 3 milhões, Jan Vertonghen chegou a custo zero e o valor da transferência de Helton Leite não foi revelado.

Caso o Benfica decidisse avançar com a rescisão unilateral do contrato, teria de pagar mais de 10 milhões de euros em salários a Jorge Jesus e ao resto da equipa técnica. Importante relembrar que as ‘águias’ ainda estão a pagar a Bruno Lage até que este encontre um novo clube.

A SAD do Benfica também mostrou descontentamento com um episódio no último jogo do Benfica. Jorge Jesus colocou Cervi a aquecer durante toda a segunda parte, mas não o pôs em campo, admitindo que “pensava que tinha mais tempo”.

Além disso, já houve outros jogos que Jesus demorou a mexer na equipa, ou fê-lo demasiado tarde, apesar do resultado não ser favorável.

ZAP //

1 Comment

  1. São muitos milhões em jogo, para quem estava tão convencido, estar numa situação destas deve ser um pouco incómodo, mal de todos os presidentes de clubes terem sempre a certeza de terem escolhido a pessoa certa, caladinhos acertavam muito mais!

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