Pequim 2022 repete o programa de Sochi 2018. Atletas ucranianos aplaudidos de forma especial no Estádio Nacional de Pequim.
Esta sexta-feira foi dia de início oficial dos Jogos Paralímpicos de Inverno 2022. O evento começou, como sempre, com a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos para atletas com deficiência, que desta vez decorrem em Pequim, capital da China.
As competições só arrancam no sábado. O calendário é (quase) igual ao de Sochi 2018, a edição anterior dos Jogos. Apresenta apenas seis modalidades: esqui alpino, biatlo, esqui cross-country, hóquei no gelo, snowboard e curling.
Todas as modalidades têm obviamente características particulares. O curling, por exemplo, é praticado somente por pessoas que se movimentam numa cadeira de rodas.
O calendário é quase igual a Sochi porque há uma modalidade que foi parcialmente “cortada”: o snowboard, que há quatro anos tinha quatro especialidades para o sector feminino e agora só terá duas.
De resto, o programa mantém-se, numa edição dos Jogos Paralímpicos que vai terminar no dia 13 de Março.
Política e guerra marcam evento
O «ninho de pássaro», estádio nacional de Pequim, foi o palco da cerimónia de abertura, que contou com a presença de Xi Jinping, presidente da China – que terá pedido a Vladimir Putin para não iniciar a invasão à Ucrânia durante os Jogos Olímpicos de Inverno, também na capital chinesa, que terminaram no dia 20 de Fevereiro.
Os Jogos Paralímpicos terão atletas de 46 países. Portugal não está nessa lista e Rússia e Bielorrússia também não. Na véspera da cerimónia de abertura, o Comité Paralímpico Internacional anunciou que, por causa da guerra, os atletas desses dois países não vão participar desta vez.
A comitiva da Ucrânia está na China. Quando os 20 atletas ucranianos entraram no Estádio Nacional de Pequim, durante a cerimónia, ouviu-se uma ovação especial nas bancadas – num país cujo Governo apoia a Rússia, no conflito.
Andrew Parsons, presidente do Comité Paralímpico Internacional, não fugiu ao assunto, no seu discurso feito no estádio: “Hoje quero começar com uma mensagem de paz. Como líder de uma organização que se foca na inclusão, que celebra a diversidade e que aceita as diferenças, estou horrorizado com o que está a acontecer no mundo”.