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Afinal, o Vale da Morte não é o local mais quente da Terra

O Vale da Morte, na Califórnia, Estados Unidos (EUA), costuma ser considerado o local mais quente da Terra, com um recorde de 56,7 graus Celsius. Contudo, as temperaturas registadas no deserto de Lute e no de Sonora são bem superiores.

Segundo o Science Alert, uma nova pesquisa sobre as temperaturas mais extremas da Terra revelou que o cenário é pior no deserto de Lute, no Irão, e no deserto de Sonora, na América do Norte. Dados das últimas duas décadas recolhidos por satélite de alta resolução mostraram que, nessas duas regiões, a temperatura pode chegar aos 80,8 graus Celsius.

O deserto de Lute é o local que regista as temperaturas mais altas. Entre 2002 e 2019, atingiu extremos – provavelmente por estar localizado entre uma cadeia montanhosa. Entre 2004 e 2007, assim como em 2009, o local experimentou as mais altas temperaturas da superfície da Terra. Em 2005, os dados iniciais apontavam para 70,7 graus Celsius.

Um estudo publicado em 2011 já identificava o deserto de Lute como um dos locais mais quentes da Terra. Desde essa análise, a NASA lançou uma nova versão do seu satélite, permitindo uma melhor deteção das temperaturas. Através desta atualização, concluiu-se que as temperaturas no local são 10 graus Celsius mais altas do que se pensava.

O deserto de Sonora, que traça a fronteira dos EUA e do México, pode atingir temperaturas igualmente quentes, embora não tão frequentemente quanto o deserto de Lute. Também cercado por montanhas, o calor é facilmente retido na bacia árida, aumentando a temperatura atmosférica e a da terra.

Embora não seja claro o quanto as alterações climáticas contribuíram para essas temperaturas extremas, os dias mais quentes registados pelos satélites ocorreram nos anos mais recentes, especialmente durante o La Niña, uma oscilação climática que pode flutuar com o aquecimento global.

A Antártica foi identificada como a zona mais fria, registando -110,9 graus Celsius, menos 20 graus que as estimativas anteriores. Este cenário deve-se à fraca luz solar no local, aos raios refletidos pela neve e gelo para a atmosfera, aos ventos fortes e a um sistema de baixa pressão.

Taísa Pagno //

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