Arqueólogos encontraram no Complexo Arqueológico de Chan Chan, no Peru, uma vala comum com cerca de 25 pessoas, na sua maioria mulheres, jovens e algumas crianças.
Em comunicado, o Ministério da Cultura peruano explica que a investigação arqueológica ocorreu numa área de apenas 10 metros quadrados e revelou uma vala comum com restos de esqueletos humanos que correspondem a 25 pessoas, na sua maioria mulheres, jovens e algumas crianças.
Os arqueólogos consideram que se trata de dois enterros na mesma sepultura. Isto porque, por exemplo, um dos esqueletos mantém a sua posição anatómica, enquanto noutro os seus ossos parecem estar desarticulados.
Para Sinthya Cueva García, diretora deste programa de investigação arqueológica, houve dois momentos, sendo que no primeiro, e mais antigo, os mortos foram depositados diretamente, e no segundo os restos mortais foram trazidos de outro local para serem depositados na mesma sepultura.
“Isto mostra que os Chimús costumavam realocar e manipular os seus mortos”, destacou a investigadora.
Em todos os casos, os cadáveres foram inicialmente envoltos num tecido de algodão e depois colocados num segundo invólucro feito de tecido vegetal. As mulheres foram também enterradas como se estivessem sentadas e à sua volta tinham objetos como agulhas, teares e giz, o que indica que seriam pessoas dedicadas ao setor têxtil.
Na mesma nota, o ministério peruano indica que os arqueólogos descobriram outra coisa importante: o túmulo foi selado com uma espécie de barro que continha fragmentos de jarras, que provavelmente poderiam funcionar como um marcador da sepultura.
A antiga cidade de Chan Chan, que significa “sol resplandecente” na língua Chimú, era a maior cidade da América pré-colombiana e capital do Império Chimú, conhecida por realizar rituais que envolviam sacrifícios humanos. O Império atingiu o seu apogeu no século XV, antes de os Incas o terem conquista por volta de 1470 D.C, recorda o site Live Science.