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Universidade de Lisboa investiga suspeitas de plágio em doutoramento de autarca

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Câmara Municipal Torres Vedras / Facebook

Carlos Bernardes, presidente da Câmara de Torres Vedras

A Universidade de Lisboa (UL) está a investigar suspeitas de plágio no âmbito da tese de doutoramento do presidente da Câmara de Torres Vedras, Carlos Bernardes.

Segundo o jornal Público, a Universidade de Lisboa está a analisar a possibilidade de plágio, no âmbito do doutoramento de Carlos Bernardes, depois de ter havido uma denúncia nesse sentido.

A tese do autarca, intitulada “As linhas de Torres, um destino turístico estratégico para Portugal“, foi defendida no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) da UL, em 2015.

Nessa altura, Carlos Bernardes era o vice-presidente da autarquia, acabando por suceder a Carlos Miguel como presidente da Câmara quando este foi nomeado secretário de Estado das Autarquias Locais.

O caso de eventual plágio surgiu primeiramente, reportado na imprensa local de Torres Vedras e o Público cita, em particular, um artigo de opinião assinado pelo ex-vereador da autarquia, Jorge Ralha, intitulado “Depois das ‘licenciaturas’ do Sócrates e do Relvas, não precisávamos dos plágios do Carlos Bernardes”.

“Como qualquer professor, comecei a introduzir no Google frases do livro de Carlos Bernardes no Google e quase sempre me apareciam frases semelhantes, senão iguais e mais antigas”, escreve Jorge Ralha, concluindo que “o resultado dessa experiência foi avassalador”.

“Na pesquisa, que esteve muito longe de ser exaustiva, detectou-se nas 47 páginas analisadas, no total de 200 do corpo do trabalho (excepto Bibliografia, Anexos e Índices), uma correspondência integral ou próxima de outras fontes (com mera modificação de artigos, expressões adverbiais, etc) em 71,09% do texto“, acrescenta Jorge Ralha.

O Público afiança também que “há conteúdo que é integralmente igual a artigos e livros de outros autores”. Notando que há extractos que são “cópias quase exactas e não atribuídas”, o jornal refere, a título de exemplo, um fragmento de um texto do investigador Luís Ferreira, do Instituto Superior de Ciências Empresariais e do Turismo e do Centro de Investigação Interdisciplinar e de Intervenção Comunitária, que não surgirá citado na bibliografia.

Carlos Bernardes responde, numa nota escrita ao jornal, refutando as acusações de plágio e assumindo, apenas, que pode ter-se esquecido de fazer algumas citações.

“Não havendo gestores bibliográficos automatizados é natural que haja a falta de uma ou outra citação, dada a extensão da obra”, frisa o autarca, citado pelo Público.

ZAP //

8 Comments

  1. Dos socialistas só se esperam trapalhadas destas…
    Lol… Aprenderam todos pela mesma cartilha…
    O maior trafulha de todos, que eles idolatram, foi o que morreu há dias…
    Enfim… é Portugal no seu melhor…

    • Está a omitir as trafulhices do governo anterior. É por ignorância ou é porque convém? Parece-me que também já tem a mesma doença do anterior governo – o esquecimento.

      • Nem é por ignorância nem por conveniência (nem, muito menos, por esquecimento), porque nenhum deles se identifica comigo… de todo…
        No entanto, uma coisa, para mim, é certa: o maior número de trafulhices (estou a ser muito branda na palavra que utilizo) vem, quase sempre, do lado dos “chuchas”…
        E insisto numa ideia: isso vem da aprendizagem que foram fazendo com o seu mentor, o maior embuste da política portuguesa após o 25 de abril, o tal que partiu há dias e que parece que até foi o herói da revolução (ou do golpe militar), como se tivesse sido ele a fazê-la(o)…
        Enfim… memória muito curta que atinge tantos e tantos cidadãos deste país…

  2. Deveria ser investigado o orientador assim como o Júri que presenciou a defesa da tese. A culpa não é do doutorando, pois ele tem liberdade para fazer o que quiser. Lida depois com as consequências mas os que acompanham e aceitam este tipo de situações devem ser punidos. Vivemos num tempo em que a licenciatura é enxovalhada como se se quisesse tirar o seu valor assim como o mérito de quem as alcançou.

  3. Mas tem uns por aí que os defendem com unhas e dentes.Escrevem,aqui no ZAP,longos raciocínios cheios de certezas e lógicas (PS) e quem os desafia ou tem opinião diferente,é atacado logo,num vernáculo bem tipíco de “talibam do PS”.Mantenho a minha,bicho politico e asseclas que deles vivem,tem de ser’cobrados”,sim.Sejam eles de cor forem,se metem a pata na poça,vai-se em cima deles logo.Mas não,tem uns intelectuais de carteirinha que,culpam jornais e jornalistas,fazendo dos tipos da politica uns santinhos.E para cumulo,infelizmente a memória é bem curta,o tal que morreu,foi mais um oportunista de ocasião na grande demanda turbulenta que se seguiu a 1975,onde a ignorãncia politica era radical entre o povo,havendo apenas uns quantos iluminados,que logo tomaram conta do feudo.Comunas,socialistas,PSD,CDS,MRPP,LUAR,etc e agora por ultimo umas Verduras na grande salada da politica á lá portugaise…Só vai mesmo para politico quem nada tem para oferecer,e no fim ainda se acham.Falando no tema,aí desse doutor picareta,não é caso unico,teve um que foi 1ºministro e era engenheiro da treta,esquecem que na internet o que mais tem á venda é “Canudos”,mesmo de Oxford…Mas não são em tudo culpados,porque tanto o Orientador,como o Jurí que assiste e vai avaliar a tese,deviam estar numa de”Verdura Tóxica”,porque a ser verdade,meus caros,só tenho a dizer o seguinte,”Mal empregadas Batatas”.

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