Universidade Fernando Pessoa vai ser a segunda privada com curso de Medicina

UFP / Facebook

A Universidade Fernando Pessoa vai ser a segunda instituição privada do ensino superior a abrir um curso de Medicina.

A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou um novo curso de Medicina no ensino superior privado. Segundo o Público, as aulas do mestrado integrado de seis anos vão decorrer no Porto, onde fica a sede da universidade, e em Gondomar, onde existe uma unidade de saúde privada.

A universidade portuense segue-se, assim, à Universidade Católica, cujo curso foi aprovado em 2020 e abriu em setembro de 2021.

A decisão da A3ES, tomada na semana passada, é válida por um ano e, caso sejam cumpridos todos os requisitos durante esse período, é renovável por outros três. A Universidade Fernando Pessoa não prestou qualquer declaração ao jornal, visto que a decisão ainda não foi oficializada.

Sendo que o ano letivo vai sensivelmente a meio, a instituição de ensino vai aguardar pelo início do próximo ano letivo para abrir vagas.

A Universidade de Évora também tenciona abrir um curso de Medicina, embora o projeto esteja ainda numa fase embrionária.

Nos últimos anos, outras instituições de ensino superior viram rejeitados os seus pedidos de abertura de cursos de medicina.

É o caso do Instituto Universitário de Ciências da Saúde da CESPU, uma das quatro escolas superiores da instituição, na qual são já ministrados os cursos de Medicina Dentária e Veterinária.

A instituição mantém desde 2008 o Hospital da Misericórdia de Paredes, no âmbito de um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia local, e segundo um docente ouvido pelo ZAP “preenche todos os requisitos” para abrir um curso de Medicina — o que parece não ser suficiente para que as suas candidaturas sejam aprovadas.

Em setembro do ano passado, também a Universidade de Aveiro anunciou que ia formalizar o pedido de acreditação em outubro e esperava aprovação no início do ano para abrir o curso de Medicina, com cerca de 40 vagas.

O chumbo da abertura de cursos de Medicina noutras instituições de ensino gerou polémica no passado. Em 2019, o primeiro-ministro António Costa criticou o exercício dos poderes regulatórios de algumas ordens profissionais, em especial a dos médicos, para restringir a concorrência e limitar o acesso à formação, considerando que tal impede a resposta às carências.

Daniel Costa, ZAP //

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