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Mais de 20 hospitais vão ter unidade de internamento domiciliário

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Mário Cruz / Lusa

Mais de 20 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão passar a ter hospitalização domiciliária no próximo ano, permitindo aos doentes recuperar de uma doença aguda em casa, mas recebendo cuidados e assistência hospitalar.

Esta quarta-feira, o Ministério da Saúde vai lançar uma estratégia para a hospitalização domiciliária e há pelo menos 23 hospitais ou centros hospitalares que vão assinar um compromisso para terem a hospitalização no domicílio a funcionar durante o próximo ano, segundo informação fornecida à Lusa por fonte oficial do Ministério.

A hospitalização domiciliária é uma prática recente em Portugal e está apenas desenvolvida em pleno num hospital. O Hospital Garcia de Orta foi o primeiro a ter uma unidade de hospitalização domiciliária, um modelo usado em vários países e que traz vantagens, como evitar infeções hospitalares multirresistentes ou reduzir os custos de internamento.

Um despacho da secretária de Estado da Saúde, que será publicado hoje, refere a hospitalização domiciliária como “uma alternativa ao internamento convencional”, mas com assistência contínua, que permite reduzir complicações e infeções hospitalares, além de permitir gerir melhor as camas disponíveis para o tratamento de doentes agudos no SNS.

A hospitalização domiciliária servirá como uma alternativa ao internamento convencional, mediante assistência contínua, tendo de ter a concordância do doente e da família.

De acordo com o despacho, os hospitais que tiverem financiamento para constituir unidades de hospitalização domiciliária terão de assegurar a atividade assistencial até final de março do próximo ano, 2019.

As unidades de hospitalização domiciliária vão funcionar 24 horas por dia e todos os 365 dias do ano, “com apoio médico e de enfermagem em permanência” e prevenção à noite. O doente que esteja hospitalizado no domicílio tem acesso aos medicamentos exatamente como se estivesse internado no hospital.

As administrações regionais de saúde devem apresentar, até ao final deste ano, um plano de alargamento das unidades de hospitalização domiciliária nos restantes hospitais e que deve ser executado até junho de 2019.

Caberá à Direção-Geral da Saúde criar uma norma de orientação clínica que defina a lista de doenças tipicamente elegíveis para a hospitalização domiciliária e os critérios de inclusão ou exclusão de doentes.

Este modelo de assistência é diferente do apoio social no domicílio que já existe no SNS, já que incide sobre a fase aguda de uma doença ou sobre a agudização da doença crónica. A estratégia para a hospitalização domiciliária vai ser apresentada hoje, em Lisboa, numa cerimónia que contará com a presença do ministro da Saúde.

// Lusa

3 Comments

  1. … … “Este modelo de assistência é diferente do apoio social no domicílio que já existe no SNS, já que incide sobre a fase aguda de uma doença ou sobre a agudização da doença crónica.”
    Ainda gostava que me explicassem que raio de “apoio social ao domicílio” existente no SNS se quando minha esposa esteve em casa, SEM ASSISTÊNCIA hospitalar, com Alzheimer e DPOC, eram oediudos valores remuneratórios incomportáveis com o orçamento familiar, foissem cuidados continuados, fossem cuidados paliativos. Quem a assistiu durante SEIS ANOS da sua doença, até à morte, fui eu e minha filha. Esta é mais uma farsa que pretendem impingir aos eleitores para as próximas eleições?

  2. Como o compreendo !!!!!!!………….. vivi o mesmo, com familiar meu !..material ortopédico, cama eléctrica, descartáveis (tudo a minha custa), cuidados básicos de Saúde e presença 24h / 24h, mas acabou por dar o ultimo suspiro em casa com a presença da família!…Não se arrependa da dedicação que tem !

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