Medidas contemplam a área económica, financeira e energética. Foram concertadas com Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Suíça.
O Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da União Europeia anunciou que finalizou um pacote de sanções contra a Rússia foi fechado, estando prevista a sua aprovação “tão depressa quanto possível” num cenário em que se confirme a agressão ou ofensiva militar à Ucrânia. Josep Borrell confirmou o avanço poucos minutos depois de conseguir o apoio dos 27 chefes de Estado e de governo, numa reunião que antecedeu o início da 6.ª Cimeira entre a União Europeia e a União Africana.
“Se houver uma agressão, teremos imediatamente uma reunião extraordinária para a aprovação deste pacote”, esclareceu. De acordo com o jornal Público, as medidas punitivas estão organizadas em três áreas: económicas, financeiras e relativas ao setor energético. “Quando chegar o momento, agiremos com determinação“, garantiu.
A reunião informal desta quinta-feira foi convocada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e decorreu sem equipamentos eletrónicos na sala e sem tomada de notas, como é hábito quando são discutidos assuntos sensíveis de política externa. Ainda segundo a mesma fonte, o plano europeu foi concertado com os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Suíça, de forma a garantir que, em caso de invasão, Moscovo fica privado de aceder ao sistema bancário internacional.
Em aberto fica a convocação de um Conselho Europeu extraordinário, caso se revele necessário, para definir qual o possível “gatilho” do pacote de sanções.
Antes de chegar ao edifício do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen voltou a reforçar a importância da diplomacia no acalmar das tensões. “A diplomacia ainda não falou a sua última palavra, e por isso temos esperança que dos esforços em curso saia uma solução para a crise, e a paz prevaleça“, vincou.
No entanto, quando a presidente da Comissão Europeia prestou estas declarações, ainda não eram conhecidos os novos desenvolvimentos, precisamente no âmbito da diplomacia. A Rússia decidiu, esta quinta-feira, expulsar o embaixador adjunto da missão diplomática norte-americana em Moscovo. Bart Gorman encontrava-se na capital russa há menos de três anos e tem um visto válido.
“A decisão da Rússia contra o nosso vice-chefe da missão não foi provocada. Consideramos a decisão um passo na escalada e estamos a avaliar a nossa resposta”, esclareceu um responsável do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América. O embaixador John J. Sullivan, por sua vez, permanece em funções em Moscovo.
Washington continua a desvalorizar as relatos que dão conta de uma retirada de tropas na fronteira com a Ucrânia, afirmando que uma invasão continua iminente. “Todos os indicadores que temos mostram que a Rússia está preparada para entrar na Ucrânia, para atacar a Ucrânia. O que penso é que pode acontecer nos próximos dias”, disse Joe Biden, citado pela France Presse.
Não fosse a Alemanha dependente (em mais metade) da sua energia da Rússia nem o 2° país em trocas comercias com a Rússia (a seguir à China) e a estória seria bem diferente!…