O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, tece duras críticas aos líderes nacionais dos Estados-membros da União Europeia, lamentando que esta funciona actualmente, como uma “bicicleta sem ar nos pneus”.
Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, Schulz constata que, ao contrário de outros tempos, a saída da actual crise pode acabar por deixar a União Europeia (UE) enfraquecida.
“Continuamos a ser uma bicicleta, mas nos tempos actuais não temos ar nos pneus. Temos inúmeros problemas para resolver. Continuamos a pedalar. Mas, os nossos instrumentos não estão na melhor forma”, constata Schulz nesta entrevista.
O presidente do Parlamento Europeu diz que os que “querem destruir a UE estão agora a ganhar eleições”. E se “ainda não têm a maioria na Europa”, que continua a ser constituída pelos que “acreditam na cooperação transnacional como o melhor para a Europa”, são “uma minoria hostil muito ruidosa, activa e mobilizada”, alerta Schulz.
“Hoje, há primeiros-ministros que vêm a Bruxelas, dizendo: eu tenho de defender o melhor interesse do meu país – em Bruxelas”, acrescenta o presidente do Parlamento Europeu, notando que o “problema” da UE são os seus Estados-Membros porque “uma parte deles decidiu ir numa direcção [colocando os] interesses nacionais em primeiro e a Europa em último lugar”.
“Noutros tempos, as gerações de políticos entenderam melhor que uma Europa forte é a melhor protecção para os Estados nacionais”, diz ainda Schulz, ressalvando que “todos os primeiros-ministros portugueses, especialmente o que está em funções, são muito fortes e convictos na defesa de um aprofundamento da integração europeia”.
ZAP
As críticas referidas pelo Presidente do Parlamento Europeu afiguram-se-me muito
pertinentes e a merecerem toda a atenção dos principais responsáveis comunitários.
Vamos defender a maior integração Europeia, para bem de todos nós como referia
Jacques Delors no seu Livro Branco.
Mais um que participa na desgraça e vem criticar os outros que vêem demonstrando o seu descontentamento, lutem por uma Europa unida e pelo bem estar dos europeus em vez de fazerem acordos que convidam as empresas a sair de cá e irem para outras paragens, talvez assim os europeus mudem de opinião acerca da UE.