O asteroide não representa uma ameaça, já que a sua passagem deverá ocorrer a uma distância perfeitamente segura: 168,300 quilómetros.
Um asteroide com as dimensões de um prédio passa este sábado entre a Terra e a Lua, num evento que ocorre uma vez numa década e será usado como exercício de treino de defesa planetária, anunciou a Agência Espacial Europeia, ESA.
O asteroide 2023 DZ2 foi descoberto há apenas três semanas por um observatório em La Palma, nas Ilhas Canárias, Espanha.
De acordo com informações veiculadas pela NASA, o corpo tem um diâmetro de 40 a 90 metros, o que o situa na categoria de “destruidor de cidades“, ou seja, o seu impacto seria suficiente para dizimar uma cidade.
No entanto, o asteroide não representa uma ameaça, já que a sua passagem deverá ocorrer a uma distância perfeitamente segura: 168,300 quilómetros ou a 40% da distância média entre a Terra e a Lua.
No ponto mais próximo, estará a um terço da distância da Terra à Lua, às 19:49 deste sábado, explica Richard Moissl, diretor do gabinete de defesa planetária da ESA.
É uma distância suficientemente grande para ser um evento seguro, mas também suficientemente curta para que os astrónomos consigam fazer observações importantes e interessantes.
Segundo a agência espacial norte-americana, trata-se de um objeto com nível 3 perigosidade, estimando ainda que este seja um evento que ocorre apenas uma vez numa década.
Segundo o IFL Science, a maioria dos asteroides tem uma classificação de raridade de zero, o que é o mesmo que dizer que há cerca de cem como ele durante um ano.
A NASA descartou possíveis perigos provocados pelo asteroide 2023 DZ2, pelo que vai aproveitar a sua aproximação para praticar os procedimentos que deveriam ser seguidos quando e se um asteroide efetivamente perigoso fosse descoberto.
Caso seja amante de astronomia e tenha curiosidade de ver o evento astronómico, fique a saber que precisa de binóculos de pelo menos 9 centímetros ou um telescópio.
Caso não detenha nenhum destas ferramentas, também poderá assistir ao fenómeno através da transmissão em direto do Virtual Telescope.