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Uma AI-belha “abelhuda” vai avaliar a saúde das colmeias portuguesas

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Apicultores têm de aproximar o seu smartphone 5G da colmeia e recolher o som emitido pelas abelhas, “como se fosse uma chamada telefónica”, para detetar a presença da rainha e avaliar a saúde das colmeias. IA trata do resto.

As abelhas portuguesas passam a contar com a solução da NOS AI-belha, assente em 5G e inteligência artificial (IA), na avaliação da saúde das suas colmeias através do som, cujo piloto durará pelo menos seis meses.

“A solução AI-belha vem no seguimento do ‘Entusiasmómetro’, lançado no NOS Alive 2023”, diz João Ferreira.

“Seguindo a sua estratégica de ‘transposição tecnológica’ para outros casos de uso, a equipa pretendeu dar assim mais uma vida à tecnologia base de analítica de som, mas agora num domínio mais associado à sustentabilidade, neste caso em particular a polinizadores críticos à sobrevivência de todas as espécies no planeta”, explica o diretor da NOS Inovação.

Esta solução vai ser agora utilizada para detetar a presença da abelha rainha e avaliar a saúde e comportamento das colmeias.

Em síntese, os apicultores “apenas têm de aproximar o seu ‘smartphone’ 5G da colmeia e recolher o som emitido pelas abelhas, tal como se tratasse de uma chamada telefónica”, refere a NOS.

O áudio recolhido é enviado, em tempo real, para um servidor na ‘cloud’, onde, “através de inteligência artificial, são analisados os diversos tipos de ruído”, e o resultado será a identificação da presença ou ausência da abelha-rainha através do som emitido pelas abelhas, bem como a deteção de outros padrões sonoros que possam indicar sinais negativos na saúde da colmeia, acrescenta a empresa.

Esta solução “demorou, sensivelmente, dois meses a ser implementada, incluindo tarefas de interpretação do problema, procura de dados com qualidade, tratamento de dados, e implementação de uma abordagem multi-modelo que nos permitisse responder melhor ao desafio proposto”, avança o responsável.

O diretor da NOS Inovação sublinha que “este trabalho foi submetido para uma conferência internacional de Inteligência Artificial do IEEE – a maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade”.

IdeIA da NOS

Questionado com surgiu a ideia, João Ferreira salientou que na NOS acredita que “o áudio vai além da comunicação básica e pode ser uma fonte extremamente rica de dados”.

Com a análise de IA, “temos a capacidade de extrair ‘insights’ valiosos e tomar ações com base nessas informações numa variedade de cenários, desde eventos musicais, como o NOS Alive, até a monitorização de colmeias, como é o caso atual”.

“É política da empresa inovar para um futuro melhor e a inovação passa por um processo de experimentar, testar e implementar vários ‘enablers’ tecnológicos que se adequem não apenas a um caso de uso específico, mas que, com relativa facilidade, possam ser aplicados noutros domínios”, diz o responsável.

Assim, “após o ‘Entusiasmómotro’, agilizámos diversas sessões de ‘brainstorming’, das quais surgiram várias ideias”, sendo que “através do nosso processo de ‘idea expansion’ o AI-belhas acabou por ser o escolhido para uma solução a mais curto-prazo”, refere.

Entretanto, “já começámos a contactar vários apicultores e os primeiros testes deverão começar já nesta primavera”, conta João Ferreira.

“Até agora, temos tido uma boa receção ao projeto” e “a nossa expetativa, além de testarmos e recolhermos um ‘dataset’ nacional, é termos também ‘feedback’ sobre o quão útil esta solução é para os apicultores e de que forma pode ser melhorada num processo de co-criação, desenvolvimento e avaliação com os utilizadores finais”, sublinha.

Este “é um projeto financiado única e exclusivamente pela empresa, o que demonstra o seu total compromisso não só com a Investigação e Inovação, mas também com outras causas que não são exclusivas ao negócio principal da NOS”, reforça João Ferreira, que acrescenta que atualmente a empresa está em contacto com vários apicultores individuais e associações a nível nacional.

A duração do projeto “vai depender dos dados que conseguimos adquirir tanto em quantidade como (principalmente) em qualidade” e “considerando, ainda, que pretendemos também obter ‘feedback’ dos apicultores, tanto a nível da fiabilidade dos modelos, como também da usabilidade da solução, estimamos que o piloto irá decorrer pelo menos durante seis meses”.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Excelente ideia, mas tinha que ser o híbrido AI-belha? Sendo uma aplicação portuguesa, não seria muito melhor IA-belha que, além do mais, resultaria num nome muito mais giro e adequado?

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