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Mais de um quinto do emprego criado no último ano é a prazo ou muito precário

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Paulo Novais / Lusa

Entre junho de 2017 e junho de 2018, a economia portuguesa criou 133 mil empregos mas, nem por isso a precariedade dá sinais de abrandar. Destes 133 mil novos postos de emprego, quase 29 mil foram de caráter temporário.

Estes dados, do Instituto Nacional de Estatística, são avançados esta terça-feira pelo Dinheiro Vivo e revelam que, apesar da diminuição da taxa de desemprego, a precariedade não parece recuar.

De acordo com o INE, no final do segundo trimestre de 2018 havia 755 mil pessoas com contratos a prazo e mais 142 mil com outro tipo de vínculos ainda mais precários, num total de 898 mil casos.

Os números oficiais do Instituo apontam que a economia conseguiu criar 133 mil empregos por conta de outrem entre o segundo trimestre de 2017 e igual período deste ano, dos quais 28,5 mil eram vínculos com termo e “outras situações”. Ou seja, um quinto do emprego criado ainda pode ser considerado mais precários, revela o jornal.

As chamada “outras situações” configuram “contratos de prestação de serviço (recibos verdes); trabalhos sazonais sem contrato escrito; trabalhos pontuais ou ocasionais”.

Pior que Portugal só Polónia e Espanha

Dados do Eurostat revelam que o Portugal tem a segunda maior taxa de incidência de “trabalho temporário” na União Europeia, o conceito que agrega os tais vínculos com termo e as outras situações.

Este fenómeno, que é um espelho da precariedade, é quase o dobro em Portugal quando se compara com a média europeia.

“A proporção de emprego temporário varia entre os Estados-membros, com os níveis mais elevados a serem observados na Polónia e Espanha (ambos com 26%), Portugal (22%) e Croácia (20%)”. Os níveis mais baixos foram registados na Roménia (1%), Lituânia (2%) e Estónia e Letónia (ambos com 3%).

ZAP //

1 Comment

  1. Olha que novidade me dão! Precário e mal pago! Os bons trabalhos são para aqueles com cunhas e não para os competentes! Coitado daquele que quer trabalhar e está constantemente a ser explorado por uns míseros euros! Por causa das cunhas é que o país está como está! Porque os competentes estão a ser explorados!

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