Tiago Petinga / Lusa
O ex-ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita
Condecorações têm influência no sistema de avaliação de desempenho dos funcionários públicos.
Eduardo Cabrita assinou um louvor aos funcionários que o acompanharam ao longo da sua passagem pelo Ministério da Administração Interna, um dia depois de ter apresentado a sua demissão. Em causa está o louvor nº660/2021, o qual salienta a “disponibilidade, dedicação e sentido de responsabilidade“, nomeadamente dos quatro jornalistas que estiveram ao seu serviço — inclusive o que esteve envolvido no atropelamento mortal de um funcionário da Brisa.
Este é, de resto, o terceiro louvor recebido pelo motorista em questão, um antigo militar que trabalhou diretamente com Eduardo Cabrita ao longo de 15 anos. Estas condecorações têm influência no sistema de avaliação de desempenho dos funcionários públicos, relembra o Expresso.
Eduardo Cabrita demitiu-se há três semanas, depois de ter sido confirmada a acusação de homicídio por negligência pelo Ministério Público ao seu motorista. Ainda assim, o antigo ministro disse ser “apenas um passageiro“, e que o atropelamento teve como causa o “atravessamento de via não sinalizada”.
Nada novo. Eles nomeiam-se, louvam-se, condecoram-se e comendam-se todos uns aos outros, tudo ao molho e fé na espupidez dos Portugueses.
Pois.
Querem apostar que vamos votar neles outra vez?