Um composto presente na fruta é a chave para ter um sorriso bonito

Uma equipa de investigadores explorou soluções naturais de modo a prevenir e tratar a doença periodontal, concentrando-se em substâncias derivadas de compostos à base de plantas.

A doença periodontal é uma condição inflamatória que afeta os tecidos que rodeiam e suportam os dentes, incluindo as gengivas, os ligamentos e os ossos. Se não for tratada, pode evoluir para periodontite, em que as gengivas se afastam dos dentes, criando bolsas que podem ficar infetadas.

Segundo o ZME Science,a condição surge quando bactérias como a Porphyromonas gingivalis invadem as fendas gengivais e estabelecem biofilmes nas superfícies dos dentes.

Num novo estudo, publicado em junho no Foods, os investigadores centraram-se em substâncias derivadas de compostos vegetais.

Um possível candidato para o tratamento deste problema é o laurato de prunina, um composto flavonóide de origem natural que apresentou efeitos antibacterianos contra o agente patogénico periodontal.

O composto conseguiu inibir o crescimento de P. gingivalis em concentrações tão baixas como 10 microgramas e evitou a formação de biofilme.

Além disso, ajudou a prevenir a reabsorção óssea alveolar, uma característica da doença periodontal avançada, e não exibiu citotoxicidade a níveis em que inibiu ativamente o crescimento bacteriano, tornando-o seguro para as células humanas.

Em experimentações com ratinhos, os animais apresentaram menos perda óssea em redor dos dentes, sugerindo que o composto pode proteger contra um dos efeitos mais graves da doença gengival.

A incorporação de laurato de prunina nos cuidados orais diários poderá também resolver a questão da adesão. Dado que o uso regular de produtos antimicrobianos é essencial para o tratamento da doença periodontal, oferecer uma solução que minimize a irritação e, ao mesmo tempo, atinja eficazmente as bactérias nocivas, pode vir a encorajar melhores hábitos de higiene oral em todas as faixas etárias.

Este composto é bastante promissor no que toca a futuros tratamentos a nível da medicina dentária, mas ainda há muito a aprender sobre todo o seu potencial nas populações humanas.

Soraia Ferreira, ZAP //

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