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UE e Japão assinam acordo de comércio livre contra protecionismo

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Martin Bureau / Pool / EPA

A União Europeia e o Japão assinaram nesta terça-feira, em Tóquio, um acordo de comércio livre que o presidente do Conselho Europeu considerou ser uma “mensagem clara” contra o protecionismo.

“Enviamos uma mensagem clara de que fazemos uma frente comum contra o protecionismo”, disse Donald Tusk, em conferência de imprensa após a assinatura do acordo em Tóquio.

O Acordo de Associação Económica assinado nesta terça-feira, de acordo com uma declaração conjunta dos três líderes signatários, “envia uma mensagem poderosa de promoção do comércio livre, justo e regrado, e contra o protecionismo“.

Este é o maior acordo comercial negociado pela União Europeia e que liberaliza a maior parte das trocas comerciais com o Japão.

O documento foi assinado por Donald Tusk, pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, concluindo um processo negocial que se iniciou em 2013.

Este acordo surge em contra ciclo com a tensões comerciais que o Presidente dos EUA, Donald Trump, está a provocar com alguns países e blocos económicos, aponta o Expresso.

O acordo, que envolve um terço da economia global e mais de 600 milhões de pessoas, elimina cerca de 99% das taxas sobre produtos japoneses exportados para a UE e cerca de 94% sobre importações do espaço comunitário para o Japão.

Segundo a agência Associated Press, citada pelo semanário, este segundo valor tenderá a aproximar-se dos 99% ao longo dos anos, sendo que a diferença se deve a algumas exceções, como o arroz, um produto cultural e politicamente sensível, que é protegido há décadas no Japão.

Com o acordo, o Ministério japonês dos Negócios Estrangeiros pretende fortalecer os laços com a UE, o país espera vitalizar o investimento direto mútuo, combater outras tendências globais para o protecionismo e reforçar o estatuto das marcas japonesas.

Já a União Europeia, espera que esta liberalização do comércio leve a um crescimento das exportações de produtos químicos, roupa, cosméticos e cerveja para o Japão, além de potenciar a segurança laboral na Europa.

ZAP // Lusa

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