UE condena a retirada da imunidade a Juan Guaidó

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Raul Martinez / EPA

Juan Guaidó na chegada a Caracas

A União Europeia (UE) condenou, esta quinta-feira, a decisão de levantar a imunidade do líder da oposição venezuelana, Juan Guaido, acusando este ato de “grave violação” da Constituição, que colapsou as hipóteses de uma solução pacífica para a crise do país.

“A UE rejeita a decisão tomada pela não reconhecida Assembleia Nacional Constituinte de levantar a imunidade parlamentar de Juan Guaidó”, disse a chefe da diplomacia, Federica Mogherini, num comunicado em nome de todos os 28 membros do bloco, avançou a agência France Presse, citada pela Raw Story.

Os legisladores da controversa Assembleia Constituinte da Venezuela – leal ao presidente Nicolás Maduro – autorizaram o tribunal a processar Juan Guaidó por este se auto-proclamar presidente do país.

“Esta decisão é uma grave violação da Constituição venezuelana, bem como do estado de direito e da separação de poderes, já que o único órgão autorizado a levantar a imunidade dos membros do parlamento é a Assembleia Nacional”, disse Federica Mogherini.

E acrescentou: “Esses atos minam um caminho político para sair da crise e apenas levam a uma maior polarização e escalada das tensões no país”.

Juan Guaidó, o presidente da Assembleia Nacional controlada pela oposição, declarou-se presidente interino em janeiro, quando a crise económica e política da Venezuela intensificou-se. Esta medida foi reconhecida por mais de 50 países, incluindo muitos da UE.

Federica Mogherini pediu que a imunidade “constitucionalmente obrigatória” de Juan Guaidó seja respeitada, afirmando que o mesmo não deve ser detido ou intimidado.

Críticos da Assembleia Constituinte, criada há dois anos, dizem que esta foi concebida para autorizar as decisões de Nicolás Maduro e deixar de lado a Assembleia Nacional, controlada pela oposição.

Paralelamente à disputa política, a Venezuela foi atingida por uma série de apagões, que deixaram milhões de pessoas sem água, levando o governo a substituir o ministro da Energia do país e a instituir o racionamento de energia.

TP, ZAP //

1 Comment

  1. Portanto a “UE rejeita a decisão tomada pela não reconhecida Assembleia Nacional”, mas reconhece o presidente da assembleia Juan Guaidó com legitimo e legitima ele se auto nomear presidente da Venezuela…
    Não sou a favor do Maduro, mas com este tipo de decisões e reconhecimentos estúpidos e ilegítimos só vão acabar por tornar o Maduro um “bom” presidente.
    Este mundo esta loco!

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