EPA

Volodymyr Zelenskyy, presidente da Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, anunciou que o orçamento do país para a defesa terá um valor de mais de mil biliões de hryvnias (cerca de 27 mil milhões de euros) em 2023, noticiou a imprensa local.
O chefe de Estado fez o anúncio numa reunião do Estado-Maior-General do exército ucraniano, realizada na terça-feira, em Kiev, de acordo com a agência de notícias ucraniana Ukrinform, que citou fontes do serviço de imprensa de Zelenskyy.
Durante o habitual vídeo noturno dirigido à população, o Presidente ucraniano tinha confirmado que a proposta para o orçamento de defesa e segurança para 2023 tinha sido discutida na reunião, mas sem mencionar montantes.
Zelenskyy indicou também que a Ucrânia retomou o pagamento de pensões aos reformados que vivem nos territórios ucranianos reconquistados às forças russas desde o início da contraofensiva por Kiev.
O exército ucraniano anunciou, pela primeira vez, uma contraofensiva no sul, no início de setembro, antes de avançar, na semana passada, na região de Kharkiv, na fronteira com a Rússia no nordeste do país, forçando os soldados de Moscovo a recuar para outras posições.
As autoridades ucranianas têm relatado êxitos na região de Kherson, no sul, ocupada pela Rússia e na fronteira com a Crimeia anexada, e nas regiões orientais sob o controlo de separatistas pró-russos desde 2014.
Desde o início da contraofensiva, Kiev diz já ter libertado 150 mil pessoas em 300 localidades na região de Kharkiv que tinham caído para a Rússia. Mesmo com este avanço, a Ucrânia continua a pedir mais armamento para continuar a recuperar territórios e conseguir segurar os que reconquistou.
No Twitter, o chefe da diplomacia da Ucrânia, Dmytro Kuleba, criticou os atrasos e lentidão da Alemanha na entrega de mais armamento. “Sinais dececionantes da Alemanha quando a Ucrânia precisa de Leopards [tanques] e Marders [veículos de combate de infantaria] agora. Não há um único argumento racional sobre porque é que estas armas não podem ser fornecidas, só medos abstratos e desculpas. Do que é que Berlim tem medo que Kiev não tem?”, atirou.
No início do conflito, o chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou que ia quebrar com uma política alemã e que ia começar a exportar armas para um país em guerra, neste caso, a Ucrânia. As armas começaram a ser exportadas, mas Kiev queixa-se da lentidão e quer mais.
ZAP // Lusa