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Uber em saldos na Margem Sul. É útil ou é greenwashing?

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Hans Pohl / Flickr

Ponte 25 de Abril

Utentes querem alternativas aos transportes, que falham muitas vezes ou que demoram muito a chegar a Lisboa. Plataforma apresenta descontos.

Chegar a Lisboa não é fácil. Para muitas pessoas que estudam ou trabalham na capital, e sobretudo se vivem fora da cidade, a viagem demora horas em muitos dias.

Na Margem Sul a situação é mais complicada. A rede de transportes públicos não é suficiente. Mesmo tendo autocarros (Carris), comboios (Fertagus) e barcos (Transtejo/Softlusa), as queixas multiplicam-se e os passageiros querem alternativas.

Uma das alternativas será entrar num Uber. A empresa vai “entrar em saldos” na próxima segunda-feira, dia 2 de Junho: metade do preço na viagem, para quem quiser ir da margem sul do Rio Tejo – Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Seixal – para Lisboa.

Os veículos Uber com esse desconto de 50% (até 2 euros por viagem) não vão cruzar o rio. Vão levar o passageiro até às 22 estações ferroviárias e fluviais da Margem Sul – que, essas sim, fazem ligação com a capital.

O desconto será válido durante o mês de Junho. Terá a designação Uber Commute.

A empresa diz ao Público que a ideia é ter uma cidade “mais limpa, menos congestionada e ambientalmente responsável”, através de soluções de mobilidade “partilhada e multimodal” com foco na electrificação, já que todos os veículos envolvidos neste projecto são eléctricos.

Mas a Carris critica. O administrador Rui Lopo lembra que a Uber não é uma empresa de transportes públicos e avisa que esta é uma “operação alargada de greenwashing” – prática de marketing em que a empresa aparenta ser mais sustentável ou ecológica do que realmente é.

Além disso, “podem agravar o problema de mobilidade das pessoas, pois gerarão certamente mais congestionamento”.

Francisco Vilaça, director geral da Uber Portugal, nega esta versão. E avisa que “há uma percepção comum de que há muito mais TVDE do que na realidade existem”, assegurando que a hora de ponta nem chega aos 25% do total das utilizações.

O Uber Commute poderá ser aplicado a outras zonas de Portugal, mais tarde.

ZAP //

1 Comment

  1. As empresas de estafetas e de transporte privado urbano servem de fachada para o tráfico/consumo droga e para dar empregos de fachada aos Estrangeiros que estão a ser deslocados para Portugal desde 2012 sem qualquer critério ou justificação, na realidade não são empresas mas sim entidades com uma agenda política, económica, e de engenharia social com a qual os Portugueses naturais das Cidades, Vilas, e Aldeias de Portugal não se identificam nem pretendem que a mesma seja implementada, devendo essas empresas serem proibidas de operar no País e expulsas de Portugal.
    O caso da empresa Uber Technologies Inc. é preocupante porque recentemente o seu director-executivo, Dara Khosrowshahi, participou numa reunião por vídeo-chamada levada a cabo pela National Union for Democracy In Iran, uma organização extremista de carácter liberal e monárquica que constantemente apela para que sejam efectuados ataques militares e aplicadas sanções contra a República Islâmica do Irão e o seu legítimo Governo, isto é gravíssimo tendo em conta que durante essa reunião o dr. Dara Khosrowshahi expôs as suas intenções e que seriam vantajosas para ele num cenário de mudança de regime.

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