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U.Aveiro desenvolve LED com luz semelhante à do Sol

joelalexander / Flickr

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Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu um novo LED com melhor qualidade de luz branca, melhor índice de reprodução e temperatura de cor e estabilidade e brilho constante, anunciou hoje fonte académica.

O trabalho dos investigadores Rute Ferreira, Xue Bai e Vânia Freitas, da U.Aveiro, publicado esta segunda-feira na revista científica Nature Communications, resulta num LED cuja luz se assemelha à emitida pelo sol, sem necessidade do habitual recurso a filtros, para a tornar mais acolhedora e para que não interfira com a perceção das cores do ambiente em redor.

Outro facto destacado é que o novo LED foi desenvolvido com materiais não tóxicos e abundantes na Natureza, o que potencia a redução dos custos de fabrico e, consequentemente, de venda.

Para criarmos este LED foi desenvolvido um novo material, formado por partículas de dimensões nanométricas, um milhões de vezes mais pequenas do que o milímetro, constituídas por uma parte orgânica, baseada em ácidos carboxílicos, e uma outra parte inorgânica, feita por um mineral à base de alumínio”, revelou Rute Ferreira, investigadora do Departamento de Física da UA e coordenadora do estudo.

U.Aveiro

 Rute Ferreira, investigadora do Departamento de Física da UA e coordenadora do estudo

Rute Ferreira, investigadora do Departamento de Física da UA e coordenadora do estudo

As partículas foram depois depositadas na superfície de um LED comercial que emite luz ultravioleta, luz que o LED criado em Aveiro absorve e converte em luz branca com elevado brilho.

Os LED da Universidade de Aveiro não foram apenas desenvolvidos a pensar no conforto que o respetivo uso na iluminação, quer interior, quer exterior, pode proporcionar aos olhos, mas também com a preocupação de poderem ser produzidos com matéria-prima de baixo custo e não tóxica.

“Sendo os LED uma alternativa às fontes de iluminação convencionais, energeticamente mais favorável e ambientalmente mais sustentável, espera-se que venham a dominar nas próximas décadas a indústria de iluminação“, apontou Rute Ferreira, prevendo no futuro o uso massivo de uma tecnologia que deu este ano o Prémio Nobel da Física a Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura pela invenção dos LED emissores de luz azul.

O trabalho da UA foi feito em parceria com a Humboldt-Universität (Alemanha), Universidade Federal de Pernambuco (Brasil) e Chinese Academy of Science, State Key Laboratory of Luminescence & Applications (China).

/Lusa

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