O Twitter vai começar a pedir aos utilizadores que repensem os conteúdos das suas respostas, através de uma mensagem de alerta. O objetivo é evitar mensagens ofensivas.
A rede social Twitter vai passar a solicitar aos utilizadores que analisem e reavaliem as repostas “potencialmente prejudiciais ou ofensivas”, avança a BBC.
A nova ferramenta foi testada no último ano e a empresa garante que as simulações demonstraram que as solicitações reduziram o número de respostas ofensivas, numa rede social que sempre foi alvo de críticas por permitir o comportamento abusivo por parte de alguns utilizadores.
Esta quarta-feira, a empresa anunciou a distribuição da funcionalidade para contas em inglês, utilizando o Twitter na Apple e no Android.
De acordo com os testes, as mensagens de alerta levaram 34% das pessoas a rever a sua resposta inicial ou a decidir não a enviar. Além disso, as respostas ofensivas sofreram um decréscimo de 11%, após o aviso.
A probabilidade de receber respostas ofensivas e prejudiciais também diminuiu.
“Se duas contas se seguem e respondem uma à outra com frequência, há uma probabilidade maior de que elas entendam melhor o tom mais adequado para comunicar ou que resultará melhor com o recetor”, sustenta a empresa, num post no blog do Twitter.
https://twitter.com/TwitterSupport/status/1363956974824550400
Nos últimos anos, as plataformas têm tentado encontrar formas de monitorização do conteúdo ofensivo, abuso e assédio. As estatísticas mais recentes do Twitter, de janeiro a junho do ano passado, mostram que a rede social removeu conteúdo potencialmente ofensivo publicado por 1,9 milhões de contas e suspendeu 925.700 perfis por violar as regras.
O debate sobre a moderação de conteúdo tornou-se mais intenso, após a exclusão do ex-Presidente dos Estados Unidos. Donald Trump foi banido de várias plataformas, incluindo o Twitter e o Facebook, logo após a invasão do Capitólio, a 6 de janeiro.