Twitter testa botão que permite editar conteúdos

Os utilizadores do Twitter têm de apagar e publicar novamente os seus conteúdos sempre que se enganam, não sendo possível editar as publicações. Essa realidade pode estar quase a mudar.

Os utilizadores há muito que pressionam a plataforma para criar um botão de “editar”, funcionalidade que a empresa está agora a testar. “Se vires um tweet editado é porque estamos a testar o botão de edição”, lê-se numa publicação da rede social, divulgada na quinta-feira.

Na publicação vê-se a uma imagem de ecrã, que mostra como será apresentada a funcionalidade – um ícone de uma caneta e a hora da edição.

No seu blog, a plataforma explicou que está a testar a funcionalidade internamente, com um pequeno grupo, planeando implementá-la aos assinantes do Twitter Blue – uma assinatura mensal que oferece acesso exclusivo a recursos ‘premium’ – nas próximas semanas.

“Dado que esta é a nossa funcionalidade mais solicitada até à data, queríamos atualizá-los sobre o nosso progresso e informá-los que, mesmo que não estejam num grupo de teste, todos poderão ver se um ‘tweet’ foi editado”, acrescentou.

Os ‘tweets’ poderão ser editados “algumas vezes” nos 30 minutos seguintes à publicação. Depois de editados, esses conteúdos passam a mostrará o ícone, a hora e a etiqueta. Qualquer utilizador pode ‘clicar’ para ver o histórico completo de edição e as versões anteriores, avançou ainda a empresa.

O co-fundador do Twitter, Jack Dorsey, que deixou o cargo de CEO em novembro, sempre se opôs ao botão de edição e disse ao Verge, em 2020, que “provavelmente nunca seria desenvolvido”.

Em abril, o empresário Elon Musk – que tinha intenções de comprar o Twitter e acabou processado pela empresa – sondou os seus seguidores e descobriu que uma grande maioria era a favor da criação de um botão de edição.

No mesmo mês, Michael Leggett, um antigo líder e gestor de design na Google e no Facebook, disse à Morning Edition em que embora possa parecer uma funcionalidade simples, trata-se de “um problema difícil”. “É melhor fazer do que não o fazer, mas é melhor não o fazer do que fazer mal”, indicou.

ZAP //

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