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Turistas estão a invadir Hallstatt, a aldeia austríaca que terá inspirado “Frozen”

Considerado Património Mundial pela UNESCO desde 1997, Hallstatt, na Áustria, possui apenas 778 moradores e tem uma sequência de casas em estilo alpino.

Em 2010, antes do lançamento do primeiro filme da Disney, “Frozen”, a cidade recebia cerca de 100 visitantes por dia. No ano passado, de acordo com o jornal britânico The Guardian, esse número escalou para mais de 10 mil turistas por dia.

A aldeia foi posta no mapa depois de ter aparecido num programa de viagens da Coreia do Sul em 2006. Depois disso, foi ligada ao filme da Disney.

No panorama, destaca-se a torre de uma igreja luterana, que corresponde com a torre central do castelo onde vivem as personagens Elsa e Anna. Como a Disney se costuma basear em lugares reais para criar os cenários das suas animações, reforçou-se o boato de que Hallstatt teria sido a inspiração para Arendelle, o reino mágico e gelado dos dois filmes.

Apesar de a informação nunca ter sido confirmada, a invasão de turistas, que já tinha começado, parece agora imparável. O local tem sido invadido por turistas em busca da selfie perfeita, sessões fotográficas de casamentos e até drones pilotados. A pequena aldeia alpina, na região montanhosa de Salzkammergut, tem recebido seis vezes mais turistas per capita do que Veneza, em Itália.

(dr) Disney

Arendelle, o mundo fictício do filme da Disney “Frozen”

Agora, o autarca de Hallstatt, Alexander Scheutz, está à procura de respostas para receber o fluxo elevado de turistas sem perturbar a comunidade local. “Hallstatt é uma peça importante da história, não um museu. Queremos reduzir os números até pelo menos um terço mas não temos forma nenhuma de realmente os impedir de chegar”, disse em declarações ao jornal britânico The Sun.

Apesar de o turismo trazer benefícios como financiamento para escolas e clientes durante todo o ano para negócios que até então eram sazonais, os problemas incluem lixo, drones e uma economia local mais cara. “Os locais sentem que estão a viver num parque temático”, escreve o The Guardian.

ZAP //

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