A atividade turística registou um total de 26 milhões de dormidas em 2020, o valor mais baixo desde 1993, de acordo com uma estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“No conjunto do ano de 2020, os estabelecimentos de alojamento turístico terão registado 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, correspondendo a diminuições anuais de 61,2% e 63,0%, respetivamente, depois das subidas de 7,9% e 4,6% registadas em 2019”, divulgou hoje o INE, acrescentando que “é preciso recuar até 1993, ano em que se registaram 23,6 milhões de dormidas, para se encontrar um número menor de dormidas”.
De acordo com a estimativa rápida da atividade turística em dezembro, o setor do alojamento turístico deverá ter registado, naquele mês, 462,5 mil hóspedes e 972,7 mil dormidas, o que corresponde a variações negativas de 70,7% e 72,3%, respetivamente, em comparação com o mesmo mês de 2019
Aqueles valores refletem uma ligeira recuperação no último mês do ano passado, depois de em novembro a diminuição ter sido de 76,8% nos hóspedes e 76,9% nas dormidas.
As dormidas de residentes terão diminuído 53,9%, depois de uma queda de 58,8% em novembro, e as de não residentes terão recuado 82,9% (-85,5% no mês anterior).
No mês em análise, 50% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (46,9% em novembro).
O mercado interno contribuiu com 13,6 milhões de dormidas, uma descida de 35,3%, quando em 2019 aquele mercado contribuiu com uma subida de 6,5%.
Já os mercados externos contribuíram com 12,3 milhões de dormidas, uma descida de 74,9% (aumento de 3,8% em 2019).
Em dezembro, o Alentejo terá continuado a apresentar a menor diminuição no número de dormidas, face ao mês homólogo, com uma descida de 45,1% (-37,7% no caso dos residentes e -64,5% no de não residentes).
As restantes regiões registaram decréscimos superiores a 60% em dezembro.
No total do ano passado, o Alentejo foi também a região que registou menor diminuição no número de dormidas, face a 2019, recuando 37,3%, enquanto os maiores decréscimos se registaram na Área Metropolitana de Lisboa (-71,5%) e na Região Autónoma dos Açores (-71,1%).
A totalidade dos principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em dezembro, embora, na sua maioria, menores do que em novembro.
No conjunto do ano de 2020, todos os principais mercados registaram decréscimos superiores a 65%, com destaque para os mercados irlandês (-89,6%), norte-americano (-87,7%) e chinês (-82,8%).
// Lusa