Raios cósmicos podem revelar o túmulo “perdido” de Quéops na Grande Pirâmide de Gizé

aussiejeff / Wikimedia

Grande Pirâmide de Gizé.

Uma nova análise com raios cósmicos pode ajudar a revelar a identidade de dois misteriosos vazios no interior na Grande Pirâmide de Gizé.

O maior dos dois vazios tem cerca de 30 metros de comprimento e seis metros de altura. O que escondem é uma incógnita, com os investigadores a sugerirem que pode ser uma grande área ou vários quartos mais pequenos.

Os arqueólogos acreditam que o maior vazio possa ser a câmara funerária escondida de Quéops — ou Khufu —, um dos mais importantes faraós do Antigo Egito. Quéops foi o segundo faraó da IV dinastia e acredita-se que tenha sido ele que ordenou a construção da Grande Pirâmide de Gizé.

Embora a pirâmide tenha sido construída para abrigar por toda a eternidade os restos mumificados de Quéops, os seus restos mortais nunca foram encontrados. Presume-se que tenham sido roubados por ladrões de túmulos, mas esta nova análise pode deitar essa teoria por terra.

Queóps morreu em 2.566 aC, sendo que a causa da sua morte não é conhecida. Diz-se que foi mumificado e colocado num sarcófago na Câmara do Rei.

A Grande Pirâmide de Gizé já tinha sido alvo de uma análise em 2017, que identificou os dois vazios. Agora, uma equipa de investigadores quer repetir o processo, mas com um sistema mais poderoso, que permitirá analisar com maior detalhe esses vazios.

“Planeamos colocar em campo um sistema de telescópio que tenha mais de 100 vezes a sensibilidade do equipamento que foi usado recentemente na Grande Pirâmide”, escreveram os autores num artigo pré-publicado no arXiv.

Os cientistas planeiam usar estes telescópios fora da pirâmide, já que são demasiado grandes para serem usados dentro. Desta forma, segundo o Science Alert, os investigadores conseguirão “produzir imagens de resolução muito mais alta”.

Os investigadores procuram agora patrocinadores que possam financiar a execução do projeto. Depois de encontrados os benfeitores, será preciso cerca de dois anos para construir a tecnologia necessária.

Daniel Costa, ZAP //

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