O ex-Presidente Donald Trump e o Partido Republicano conseguiram angariar 255,4 milhões de dólares desde as eleições de 03 de novembro para contestar os resultados das presidenciais.
O valor das doações, noticiou no domingo o Público, foram divulgadas este fim-de-semana pela WinRed, a plataforma digital que os republicanos usam para as suas doações ‘online’, junto da Comissão de Eleições Federal.
A notícia surgiu na mesma altura foram anunciados novos advogados para liderar a sua defesa no processo de destituição, um dia depois de vários causídicos terem abandonado o caso, avançou a agência Lusa. Os advogados David Schoen e Bruce Castor passam a dirigir a equipa.
De acordo com a agência Associated Press, Castor, antigo procurador na Pensilvânia, foi criticado por não acusar o ator e apresentador norte-americano Bill Cosby num caso de abuso sexual. Schoen fez carreira na defesa de crimes federais, como processos de “colarinhos brancos”. Ambos defendem que a destituição é inconstitucional.
O anúncio surge um dia depois de cinco advogados de Trump abandonarem a equipa, incluindo Butch Bowers e Deborah Barbier, na sequência de divergências sobre a direção do caso, indicou no sábado a CNN, que citou fonte anónimas.
A cadeia de televisão norte-americana indicou que Trump pretendia que os advogados continuassem a defender a tese da existência de uma fraude maciça nas eleições presidenciais, ao invés de se concentrarem na legalidade de um processo contra um Presidente que já não se encontra em funções.
O processo de Trump por “incitação à insurreição”, na sequência da invasão do Capitólio, em 06 de janeiro, por apoiantes do ex-presidente, deve começar em 09 de fevereiro. Para avançar, é necessária uma maioria de dois terços (67 senadores), mas apenas cinco senadores republicanos apoiaram os 50 senadores democratas a favor da destituição.
Caso seja condenado o Senado poderá impedir Trump de voltar a assumir a presidência no futuro, ditando o fim da sua carreira política.