“Tem de sair”. Trump diz à Rússia para retirar tropas da Venezuela

Michael Reynolds / EPA

O presidente dos EUA, Donald Trump, com Fabiana Rosales, muçher de Juan Guaido

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou esta quarta-feira um aviso à Rússia para que as suas tropas abandonassem a Venezuela. Em causa está a chegada de 100 soldados russos ao país, no fim-de-semana passado.

O presidente americano reagiu esta quarta-feira ao envio de aviões da Força Aérea Russa para a Venezuela, no passado fim-de-semana. As duas aeronaves traziam 100 soldados e 35 toneladas de armamento. As tropas chegaram sob supervisão do chefe do comando principal das forças terrestres russas, Vasilly Tonkoshkurov.

A Rússia tem de sair“, disse Donald Trump a repórteres na Casa Branca, onde se encontrou com Fabiana Rosales, a esposa do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

Trump disse que “todas as opções estão em aberto” para assegurar que as tropas russas abandonem o país da América do Sul. O presidente dos EUA diz estar “a 100% com Guaidó” e que “o que aconteceu não devia ter acontecido em nenhum lugar no mundo”.

“Os Estados Unidos veem a chegada de aviões militares da Rússia, neste fim de semana, como uma provocação indesejável“, disse o vice-presidente, Mike Pence, aos repórteres no Salão Oval da Casa Branca.

De acordo com a Reuters, Trump e Pence encontraram-se com Rosales para expressarem o seu apoio a Guaidó, que invocou a constituição para assumir a presidência interina em janeiro, defendendo que a reeleição do presidente Nicolas Maduro não foi legítima.

O secretário de Estados americano, Mike Pompeo, é de opinião que a reconstrução da Venezuela após a saída de Maduro será penosa. “O processo vai ser longo depois de ele sair. Vi estimativas entre seis e 12 mil milhões de dólares para reparar a economia”, disse, citado pela Rádio Renascença.

Pompeo realçou ainda que a administração de Trump pediu 500 milhões de dólares ao Congresso para “ajudar na transição democrática da Venezuela”. Mais de metade do país sul-americano está de novo às escuras e sem comunicações — situação que começou no início deste mês.

ZAP //

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