A incrível tromba dos elefantes é um órgão sensorial que pode estender-se mais 25% do que o seu comprimento em repouso, descobriu uma recente investigação.
As trombas dos elefantes são uma espécie de nariz extensível que pode também ajudar o animal a comer cereais e até a pintar. Até agora, os cientistas não tinham medido até que ponto o elefante conseguia esticar a sua tromba, mas Andrew Schulz, do Georgia Institute of Technology, descobriu que a tromba pode estender-se mais 25% do que o seu comprimento em repouso.
Schulz e a sua equipa analisaram o elefante africano que reside no Zoo Atlanta, uma fêmea adulta de 2,7 metros de altura, chamada Kelly. Os cientistas gravaram um vídeo no qual o animal estica o seu nariz comprido ao máximo e descobriram que Kelly conseguia estender este órgão em 25% do seu comprimento em repouso.
De acordo com o Live Science, esta diferença é quase a mesma entre a altura do ator Kevin Hart, que tem 1,6 metros, e a do jogador profissional de basquetebol LeBron James, que tem 2,1 metros.
Descobrir até que ponto um elefante pode esticar a sua tromba será muito útil para os conservacionistas que procuram desenvolver formas eficazes de mitigar o conflito humano-elefante, defende Schulz.
O investigador dá ainda um exemplo desta mais-valia: ao construir uma cerca para proteger as colheitas dos elefantes, os agricultores africanos poderão levar em consideração o comprimento da tromba do animal em repouso, mas, até agora, não sabiam o quão longe este órgão pode chegar.
Quando Kelly esticou a sua tromba, a pele enrugada esticou. Primeiro, estes animais estendem a ponta do órgão e só depois esticam a pele enrugada que lhes é característica. Além disso, os cientistas descobriram que a ponta e a base da tromba têm mais elasticidade do que o meio – mas não conseguiram perceber o motivo.
Mas esta descoberta tem também aplicações no campo da robótica. Descobrir como criar um robô com as características da tromba dos elefantes poderia melhorar as operações de resgate em situações em que as pessoas ficam presas no subsolo, por exemplo.
“Os elefantes são muito, muito inteligentes”, rematou Schulz.