Tribunal Europeu dos Direitos Humanos culpa Rússia pelo assassinato de Alexander Litvinenko

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Decisão remonta ao incidente de novembro de 2006, que ocorreu num hotel londrino, seis anos após o dissidente político se ter mudado para o Reino Unido, precisamente para fugir às ameaças do regime de Vladimir Putin.

Numa decisão inédita, o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem considerou a Rússia culpada pela morte de Alexander Litvinenko, um crítico do regime de Vladimir Putin que terá sido envenenado em Londres, em novembro de 2006, através de Polonium 210, um raro agente radioativo.

“A Rússia foi responsável pelo assassinato de Alexander Litvinenko no Reino Unido”, pode ler-se na sentença, a qual, espera-se, deverá ser contestada pelo regime de Putin, que sempre negou qualquer envolvimento no caso, aponta o The Guardian.

Aquando da sua morte, Litvinenko, então com 43 anos, estava no Reino Unido há seis anos para fugir precisamente de possíveis represálias do regime russo. O envenenamento terá acontecido no bar do hotel Millennium, em Londres, quando o ativista bebia um chá verde. Segundo as investigações que se seguiram, efetuadas pelos serviços de inteligência britânicos, o envolvimento de Putin na operação terá acontecido quando deu ordens para que o plano fosse posto em prática.

Envolvidos no homicídio estiveram também um antigo agente do KGB, Andrei Lugovoy, e outro indivíduo com cidadania russa, Dmitry Kovtun, que terá seguido as instruções dos serviços de segurança federal russos (FSB), organismo que veio suceder ao KGB.

“O tribunal considerou que havia, particularmente, um forte indício que, no envenenamento do Sr. Litvinenko, o Sr. Lugovoi e o Sr. Kovtun aturam como agentes do Estado russo”, explanou o tribunal europeu.

ZAP //

2 Comments

  1. O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos não é um tribunal criminal e portanto não pode determinar a eventual culpa da Rússia num caso de homicídio.

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