Três embarcações usadas pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estão à venda em leilão. A base de licitação varia entre os 300 e os 170 mil euros.
Se tem o sonho de comprar um navio de investigação do IPMA, esta é a oportunidade ideal. Três embarcações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera vão a hasta pública no dia 17 de setembro. A base de licitação vai desde os 300 aos 170 mil euros, dependendo do diferente estado de conservação dos barcos.
A joia da coroa é o “Tellina“. Com 17 metros de comprimento e 16 anos de existência, tem as licenças e equipamentos necessários para pesca costeira e investigação. O navio pode ser usado para a apanha de bivalves e para o estudo de levantamentos de multifeixe.
“Isto é importante, por exemplo, para se perceber onde é que há areia disponível para a realimentação de praias e, na parte dos bivalves, para se fazerem estudos de qualidade, para se saber se estão em época de serem consumidos ou não”, explica Mafalda Carapuço, coordenadora do núcleo de navios de investigação do IPMA, citada pela RR.
Outros dos navios disponíveis para compra, o “Puntazzo“, tem uma licitação inicial de 40 mil euros. Tem 11,5 metros e foi usado durante vários anos no estudo da aquacultura. Atualmente está inativo, na Marina Formosa, em Olhão.
O último barco em leilão é o “Estuário“, de apenas cinco metros comprimento, que trabalhou em missões no rio Tejo, mas que agora se encontra igualmente inativo. Tem uma mera base de licitação de 300 euros, estando acessível a qualquer entusiasta.
Ao vender estas três embarcações, resta ao IPMA três navios na sua frota: o “Diplodus“, o “Noruega” e o “Mar Portugal“. Este último, adquirido em 2015, é a grande aposta do instituto e tem 75 metros de comprimento.
“É importante conhecermos melhor o fundo dos nossos oceanos e o que é que se passa nessa massa de água. Isto influencia uma série de coisas de que às vezes não temos perceção. Por exemplo, se vai haver sardinha no Santo António ou se vamos ter que mudar algumas rotinas na nossa alimentação, porque os stocks estão em risco”, explicou Mafalda Carapuço.