A morte de Marco Pantani, em 2004, foi associada ao consumo de cocaína. Contudo, o seu traficante nega esta possibilidade e diz que podem ter havido outros motivos.
Marco Pantani foi um ciclista italiano, aclamado como um dos melhores ‘escaladores’ do desporto, e vencedor do ‘Giro’ e do ‘Tour’ em 1998. Conhecido como “O Pirata”, Pantani foi encontrado morto num hotel em Rimini, em 2004. Na altura, a sua morte foi associada ao consumo de cocaína.
No entanto, há quem acredite que a sua história foi mal contada e que as razões que levaram à sua morte são de uma natureza diferente. É o próprio traficante do ciclista, Fabio Miradossa, quem admite uma hipótese diferente e mais sombria.
“Marco não morreu devido a cocaína. Foi assassinado. Talvez quem o matou não o quisesse ter feito, mas fizeram-no. Não sei porque os juízes e a polícia não investigaram mais a fundo o caso. Disseram que estava sob efeito de narcóticos, mas estou convencido de que, quando o assassinaram, estava bem”, disse Miradossa, citado pelo jornal A BOLA, num documentário sobre o atleta emitido pela Italia 1.
O traficante de Pantani diz que o italiano esteve no hotel Touring, onde consumiu a droga, mas quando regressou ao seu hotel, “estava lúcido”. Alegadamente, havia indícios que o ciclista tinha ‘snifado’ cocaína. No entanto, Miradossa garante que este é um cenário muito improvável.
“O Marco tinha nojo disso, ele só fumava. Quem criou esse cenário não estava bem informado”, explicou.
Além de mais, o seu traficante de então disse às autoridades italianas que procurassem por dinheiro, porque Pantani tinha levantado 20 mil euros do banco. “Eram para mim, uma parte para pagar uma dívida e a outra para comprar mais”, contou à Italia 1.
Como Miradossa estava no aniversário da sobrinha, em Nápoles, o traficante não recebeu o dinheiro. “Mas não havia problema, sabia que ele me pagaria depois. Deixaram-lhe umas 15 ou 20 gramas, ninguém morre com essa quantidade, sobretudo se fumares”, corroborou.
De acordo com o Record, o traficante também afasta a hipótese de suicídio. “Não, não o fez garantidamente. Ele foi fraco ao refugiar-se nas drogas, mas não quis matar-se, tenho a certeza disso”, atirou.