/

30 trabalhadores “invadem” Ministério da Saúde em protesto

Miguel A. Lopes / Lusa

Cerca de 30 trabalhadores invadiram, esta quinta-feira, a entrada do Ministério da Saúde num protesto sem aviso prévio, que pretende exigir respostas à ministra sobre questões laborais.

Sebastião Santana, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, explicou à agência Lusa que estes trabalhadores reclamam uma resposta da ministra da Saúde, Marta Temido, à aplicação do contrato coletivo para os trabalhadores dos hospitais EPE das carreiras gerais, como assistentes, auxiliares e administrativos.

Pelas 15 horas, o grupo de mais de 30 funcionários entrou no átrio do Ministério da Saúde, em Lisboa, gritando palavras de ordem como “ministra escuta, trabalhadores estão em luta”, exibindo cartazes com frases como “Fartos de esperar” ou “Exigimos respostas”.

Segundo Sebastião Santana, os sindicatos e as entidades empregadoras (hospitais) chegaram a acordo quanto à contagem do tempo de serviço para funcionários administrativos e técnicos superiores, mas falta a tutela validar este acordo.

A federação contesta ainda que tenham ficado de fora da última passagem às 35 horas os funcionários do Hospital de Braga, que, entretanto, foi revertido de PPP (parceria público-privada) a EPE (entidade pública empresarial).

De acordo com Sebastião Santana, por via destas duas questões reclamadas, há trabalhadores no Hospital de Braga a ganhar 519 euros por mês, muito abaixo “dos 635 de mínimo para a administração pública”.

Em declarações à TSF, o sindicalista explicou que alguns dos manifestantes já estavam a ser recebidos por representantes do gabinete da ministra quando foram informados de que “alguns camaradas que se encontravam no átrio foram brutalmente expulsos pela polícia”.

O sindicato já anunciou que vai queixar-se ao Ministério da Administração Interna da forma como a polícia retirou os trabalhadores da entrada do Ministério da Saúde.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.