Os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP cumprem dia 24 de julho uma greve nacional, exigindo a retirada da proposta de regulamento de carreiras apresentada pela empresa.
Os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP cumprem a 24 de julho uma greve nacional de 24 horas exigindo a retirada da proposta de regulamento de carreiras apresentada pela empresa, que consideram “humilhante”, anunciou esta sexta-feira o sindicato.
“A proposta de regulamento de carreiras que a empresa apresentou na quinta-feira da semana passada [dia 2 de julho] é humilhante para os trabalhadores do comercial e é inaceitável. Nesse sentido, os trabalhadores querem que a empresa retire esta proposta da mesa negocial”, afirmou o presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) em declarações, esta sexta-feira, à Lusa.
A Lusa tentou obter um comentário por parte da CP, mas tal não foi possível até ao momento.
Segundo o dirigente sindical Luís Bravo, os trabalhadores “não aceitam” a pretendida “extinção, por fusão, das categorias de revisor e de operador de venda e controlo da bilheteira”, considerando que se “mistura o conteúdo funcional das categorias, quando um trabalhador itinerante não tem nada a ver com um trabalhador fixo de uma bilheteira ou vice-versa”.
“O que nos apresentam é uma polivalência total que não se compreende e que os trabalhadores rejeitam por completo”, sustenta. Também “inaceitável” para o sindicato é “a extinção de carreiras para onde os trabalhadores podiam progredir, como técnico comercial 1 e 2”.
“Estas e ainda outras questões tornam a proposta da CP inaceitável e os trabalhadores ficaram muito surpreendidos, pela negativa, por aquilo que a empresa vem propor”, afirmou o dirigente sindical. Relativamente à greve parcial dos trabalhadores comerciais da CP da Linha do Sado (entre o Barreiro e Praias do Sado-A), iniciada na segunda-feira entre as 05h e as 08h e que termina esta quinta-feira, Luís Bravo diz que registou uma “adesão total, de 100%”, por parte dos revisores.
Contudo, lamentou, viu o seu “impacto diluído”, porque “na segunda-feira a empresa, violando a lei da greve, colocou lá trabalhadores de outros postos de trabalho”.
A paralisação dos revisores na Linha do Sado foi já um protesto contra a proposta de regulamento de carreiras apresentada pela CP e contra a gestão operacional da empresa, que dizem colocar trabalhadores “em trabalho extraordinário excessivo nuns postos de trabalho, deixando outros (em casa) sem qualquer trabalho”.
Pretendeu ainda exigir a “reposição total da oferta de comboios a nível nacional” e “uma gestão de comboios competente, que não necessite de três meses para reforçar da oferta de comboios na linha de Sintra/Azambuja de forma a reduzir a taxa de ocupação nas horas de ponta”.
Também criticada pelos grevistas é a “proibição imposta pela gestão operacional, na linha de Sintra/Azambuja, que impede os ORV [operadores de revisão e venda] de executar as suas funções de controlo, acompanhamento e intervenção na taxa de ocupação dos comboios”.
De acordo com Luís Bravo, “em momento algum a administração [da CP] se disponibilizou para resolver estes problemas” pelo que, e tendo-se “agravado a situação a nível nacional”, foi agora decido “avançar para uma greve nacional” que abrange “toda a área comercial da CP”, designadamente os “revisores, os trabalhadores das bilheteiras e as chefias diretas”.
// Lusa
Claro,cheira a dinheiro fresco que vem de Bruxelas e os comunistas já estão de olho ”nele”.Como pode um país suportar todas estas greves e confusões se após meses de confinação com as empresas a laborar com dificuldades,vão agora enfrentar uma greve? o Salazar tinha razão em não deixar esta seita respirar.