Ana Mendes Godinho avançou ainda que o apoio deve abranger cerca de 1 milhão e 70 mil famílias, com um custo de 64 milhões de euros para o Governo.
Depois de António Costa ter anunciado ontem, no Parlamento, o prolongamento do cabaz alimentar para as famílias mais carenciadas (um apoio de 60 euros), aplicando os mesmos critérios que vigoraram em abril e maio, Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho e da Segurança, esclareceu hoje que a medida vigorará apenas um mês (momento em que a totalidade do apoio será atribuído), como afirmou o primeiro-ministro.
Tal como lembra o jornal Público, o apoio destina-se a ajudar as pessoas mais carenciadas face à subida dos preços dos bens alimentares como consequência da guerra na Ucrânia.
No debate de ontem, António Costa fez saber que “a medida extraordinária de apoio ao cabaz alimentar vigorará por mais três meses, ou seja, com mais 60 euros a ser pagos às pessoas que beneficiam da tarifa social de eletricidade e a todos os beneficiários das prestações mínimas”.
No entanto, a ministra veio contrariar esta versão hoje, na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros. Ana Mendes Godinho explicou que a medida irá vigorar apenas mais um mês e que o pagamento será feito de uma só vez a cada agregado familiar, sendo que este decorrerá em duas fases. A primeira diz respeitos aos beneficiários das tarifas sociais de energia (em julho) e a segunda remete para os restantes beneficiários de outras prestações sociais (em agosto).
Como tal, apesar de o apoio ter sido calculado para três meses, o pagamento é efetuado apenas uma vez. “A medida foi calculada, tal como da primeira vez, em função do aumento diferencial, para três meses” explicou a governante. Ana Mendes Godinho avançou ainda que o apoio deve abranger cerca de 1 milhão e 70 mil famílias, com um custo de 64 milhões de euros.