Os protestos iniciados há um mês, na Venezuela, causaram a morte de 28 pessoas e deixaram 265 feridos. O último balanço oficial foi ontem divulgado pela procuradora-geral da República do país, Luisa Ortega Diaz, na reunião do Conselho de Nações Unidas para os Direitos Humanos, em Genebra, na Suíça. Na ocasião, Luisa lamentou o crescimento do número de mortes e o cenário “de violência e caos” no país.
“O que começou como uma manifestação pacífica, na Venezuela, transformou-se em violência e caos. O direito ao protesto não é absoluto”, declarou, insistindo que “os cidadãos têm o direito de se manifestar, de forma pacífica e sem armas”.
Só esta semana quatro pessoas morreram nos estados de Táchira e Carabobo. Ontem, o governo informou ter detido seis pessoas em Valencia, capital de Carabobo, que teriam participado num ataque a manifestantes, há dois dias atrás.
Com os protestos diários, divididos entre manifestações pacíficas, actos de violência e formação de bloqueios em avenidas, aproximadamente 1.300 pessoas foram detidas.
Luisa Ortega contou que entre os mortos, na Venezuela, constam um procurador de Justiça e três guardas nacionais, e acrescentou que entre os 265 feridos, 109 são policias.
O movimento estudantil afirma, contudo, que o número de feridos é maior, se forem contados todos os manifestantes atingidos pela repressão policial, que usa gás lacrimogénio e balas de borracha. O governo também investiga violações de direitos humanos por parte da Guarda Nacional Bolivariana.
Ontem, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, deu ordens às forças de segurança para controlar os focos de violência no país e deter quem financia os grupos violentos.
ZAP / ABr