Tornado varre Faro e desaloja comunidade cigana de 100 pessoas

Luís Forra / Lusa

O tornado que hoje à tarde atingiu a cidade de Faro desalojou uma comunidade cigana de 100 pessoas, residente numa zona conhecida como Cerro do Bruxo, situada numa das entradas da cidade, disse o presidente da autarquia.

Um violento tornado atingiu esta tarde o centro do Algarve. O fenómeno teve origem na Praia de Faro, onde na quarta-feira se formou um fenómeno idêntico – fazendo depois o trajeto da zona externa da cidade e seguindo em direção ao concelho vizinho de Olhão.

O vento forte derrubou árvores, e postes de eletricidade nas cidades de Faro e Olhão, e estruturas na Estrada Nacional 125, provocando cortes de eletricidade naquelas cidades. Pelo menos dos postes caiu na estrada.

A intempérie afectou ainda telhados, “placards” de publicidade e tapumes de obras perto de Lejana, junto a uma das entradas de Faro, com o centro comercial situado naquela zona a ser também atingido.

O tornado desalojou uma comunidade cigana de 100 pessoas na zona conhecida como Cerro do Bruxo, situada numa das entradas da cidade, disse o presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau.

Não será possível àquela comunidade regressar ao local, “devido aos danos causados pelo tornado nas estruturas precárias onde residem, construídas com madeira e telhas”, explicou o autarca em conferência de imprensa.

Além desta comunidade, cujo realojamento está a ser tratado pelos serviços de Ação Social da Câmara, há ainda a registar dois desalojados na freguesia do Montenegro – um casal que, entretanto, já foi realojado numa estalagem na Praia de Faro -, e uma mulher, que vai ficar na casa do filho.

De acordo com o autarca, apesar dos danos materiais – derrube de árvores, de painéis de publicidade e de iluminação pública -, não há vítimas ou danos pessoais decorrentes do fenómeno extremo de vento que hoje pelas 16:00 atingiu a cidade.

O comandante dos Bombeiros Sapadores de Faro disse, por seu turno, que se registaram, no total, 50 ocorrências mais significativas, tendo estado envolvidos 60 operacionais de várias forças de socorro e dos serviços camarários. Rogério Bacalhau frisou ainda que todas as vias de circulação estão já desimpedidas e que a situação meteorológica deverá melhorar nas próximas horas.

Em Olhão, as zonas mais atingidas foram Pechão e Moncarapacho, freguesia onde o vento forte derrubou o muro do Estádio António João Eusébio, enquanto decorria um jogo de futebol, danificando várias viaturas, sem causar vítimas.

No centro comercial Fórum Algarve há registo de vidros partidos na zona da restauração e de cadeiras arrastadas pelo vento.

É o segundo fenómeno meteorológico deste tipo a atingir Faro em menos de uma semana, depois de a semana passada um mini-tornado ter virado mais de uma dezena de barcos na marina da cidade.

ZAP // Lusa

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