O FC Porto cumpriu a sua parte e foi a Tondela vencer por 3-1. Os “dragões” foram quase sempre superiores, colocaram-se a vencer por dois golos – todos marcados após o intervalo -, mas no final da partida acabaram a defender perante a reacção tondelense.
Contudo, acabaram por fixar o resultado de penálti, nos descontos, ficando a somente uma vitória de conquistar o título de campeão – embora pudessem chegar a esse objectivo caso o Benfica perdesse em Famalicão.
Danilo Pereira, Moussa Marega e Fábio Vieira marcaram para os visitantes, Ronan David para os da casa.
O jogo explicado em números
- À entrada para este jogo, os “dragões” sabiam que uma vitória poderia garantir o título já esta quinta-feira, caso o Benfica perdesse a seguir em Famalicão. Assim, o Porto entrou em campo com o mesmo “onze” que goleou o Belenenses na 30ª jornada e tomou desde logo conta das operações, empurrando o Tondela para a sua grande área.
- A pressão portista deu o primeiro momento de perigo aos 12 minutos, quando Corona, na esquerda, cruzou para cabeceamento de Marega sem oposição. Contudo, Babacar Niasse – substituto do lesionado Cláudio Ramos – realizou uma defesa estupenda, evitando ainda a recarga de Tiquinho Soares.
- No primeiro quarto-de-hora os portistas tiveram 73% de posse de bola e ganharam 15 de 19 duelos individuais (74%), registando, porém, somente dois remates, um enquadrado, para um disparo (sem a melhor direcção) dos homens da casa. O Tondela mostrava-se totalmente inofensivo nesta fase.
- O Tondela, como quase sempre esta temporada, mostrava-se muito confortável na expectativa, recuado, pelo que as ocasiões de perigo criadas pelo Porto continuaram a escassear. Chegada a meia-hora, os “dragão” mantinha o domínio (69%) de posse, mas os mesmos dois remates do primeiro quarto-de-hora, enquanto os beirões já somavam quatro, mas nenhum que apresentasse perigo. Aliás, os da casa registavam apenas duas acções com bola na área portista.
- Perto do intervalo, Sérgio Oliveira teve de sair com problemas físicos, entrando para o seu lugar Danilo Pereira. Este facto não tirou ímpeto ao Porto, que terminou a primeira metade em cima do seu adversário, mas sem resultados práticos.
- Domínio completo dos portistas em Tondela, perante uma equipa da casa que não se importou – antes pelo contrário – de dar a iniciativa ao seu adversário. Os “dragões” chegaram ao descanso com 69% de posse de bola, mas apenas dois remates (um enquadrado), o último dos quais aos 13 minutos da partida. Os beirões tentavam o contra-ataque sem grande êxito, ainda assim remataram quatro vezes, sem a melhor pontaria. O melhor em campo nesta fase foi Otávio, com um GoalPoint Rating de 6.3. O brasileiro não criou muito, mas foi travado em falta três vezes, duas delas em zona de perigo, e ajudou muito colectivamente, com quatro recuperações de posse e três desarmes. Destaque para o cartão amarelo a Corona, aos 41 minutos, que tira o mexicano do jogo com o Sporting, na próxima jornada.
- O segundo tempo trouxe o tão almejado golo para o Porto. Logo aos 47 minutos, Danilo Pereira acorreu a um canto da direita de Alex Telles e fez o 1-0 de cabeça, no segundo remate portista, primeiro enquadrado, no segundo tempo. Em somente dois minutos da etapa complementar, os “dragões” remataram tanto quanto em toda a primeira metade e fizeram o que antes não foram capazes: marcar.
- Aos 59 minutos foi Alex Telles a ver amarelo e a ficar de fora do “clássico” com os “leões”. Isto numa fase em que o Porto, apesar de estar em vantagem, não tirava o pé do acelerador e, aos 60 minutos, registava impressionantes 79% de posse de bola desde o intervalo, bem como três disparos e 88% de eficácia de passe.
- O domínio era tal que o 2-0 aconteceu aos 64 minutos. A assistência foi de Corona, o golo de Marega, isolado, a fazer o seu décimo tento na Liga NOS. Ao sexto disparo na segunda parte, segundo golo. E o Tondela não parecia minimamente capaz de reagir.
- O domínio era tal que o 2-0 aconteceu aos 64 minutos. A assistência foi de Corona, o golo de Marega, isolado, a fazer o seu décimo tento na Liga NOS. Ao sexto disparo na segunda parte, segundo golo. E o Tondela não parecia minimamente capaz de reagir.
- Aos 87 minutos o Tondela esteve quase a fazer o empate, com Tomislav Strkalj a fugir na grande área e a rematar forte. A bola passou por entre as pernas de Marchesín, mas o guardião consegui tocar o suficiente para a desviar rente ao poste. Nos últimos minutos os homens da casa empurraram o Porto para a sua grande área e os “dragões” sofreram muito para segurar a vantagem.
- Mas conseguiram mesmo ampliá-la, em período de descontos, de grande penalidade. Philipe Sampaio fez falta na área sobre Marega e Fábio Vieira, dos 11 metros, não desperdiçou.
O melhor em campo GoalPoint
Outros deram nas vistas, como Marega, Danilo ou Fábio pelos golos, Corona pelos momentos de inspiração e técnica. Outro, mais discreto, leva para “casa” o prémio de MVP.
Otávio registou o GoalPoint Rating mais alto do jogo, um 7.2 que destaca o trabalho em prol do colectivo. O brasileiro foi o “rei” dos desarmes, com seis, tendo sofrido o número máximo de faltas, nada menos que sete, quatro em zona de perigo. E venceu 19 duelos individuais, nada menos que 35% dos ganhos por toda a equipa do FC Porto. Faltou-lhe apenas uma integração mais efectiva em zonas de decisão no último terço.
Jogadores em foco
- Moussa Marega 7.2 – O maliano está fisicamente bem e isso nota-se no seu jogo. Desperdiçou uma ocasião flagrante no arranque do encontro, mérito para o guardião do Tondela, mas no segundo tempo marcou mesmo, após isolar-se a passe de Corona. Ao todo fez dois remates, ambos enquadrados, dois passes para finalização e sete recuperações de posse.
- Jesús Corona 7.1 – Mais um belíssimo jogo do mexicano. Em quatro passes para finalização criou duas ocasiões flagrantes e fez uma assistência (para Marega), tendo ainda sucesso em metade dos seis cruzamentos. E somou oito recuperações de posse.
- Pepelu 6.2 – O médio já nos habituou a emprestar uma qualidade extra ao Tondela e voltou a fazê-lo, sendo o melhor dos beirões. Além de 82% de eficácia de passe, o espanhol recuperou cinco vezes a posse de bola e somou sete acções defensivas, entre elas dois desarmes.
- Jonathan Toro 6.2 – O hondurenho foi um dos jogadores que mais problemas causou à defensiva portista e foi sobre ele que Uribe fez a grande penalidade que acabou no golo de Ronan. Aliás, o extremo sofreu cinco faltas ao longo da partida.
- Danilo Pereira 6.0 – O “trinco” entrou cedo na partida, devido à lesão de Sérgio Oliveira, e foi ele a marcar o primeiro golo do jogo, num belo golpe de cabeça no arranque da segunda metade. Danilo acertou 90% dos passes que fez.
- Mateus Uribe 5.8 – O médio estava a fazer um belo jogo, mas manchou a exibição em dois momentos próximos na segunda parte. Primeiro viu amarelo que o afasta do “clássico” com o Sporting e a seguir fez penálti sobre Toro. Ainda assim assinou um passe para finalização, completou 36 das 39 entregas que realizou (92%) – a totalidade dos seis passes longos – e ganhou os quatro duelos aéreos defensivos em que participou.
Resumo
// GoalPoint