O teste consiste em usar o barulho de uma colher para ajudar a medir a latência do sono, mas os especialistas continuam céticos.
Embora a duração do sono seja frequentemente o foco, a qualidade do sono é igualmente, se não mais, importante. No entanto, medir a qualidade do sono pode ser um desafio, e os especialistas estão agora a explorar métodos não convencionais, como o “teste da colher”, para avaliar a latência do sono.
A latência do sono, ou latência do início do sono, refere-se ao tempo que um indivíduo demora a adormecer depois de decidir descansar. De acordo com Katherine Sharkey, Professora Associada de Medicina e Psiquiatria na Universidade de Brown, um período de latência do sono saudável deve ser inferior a 30 minutos.
Um método que ganhou recentemente atenção para avaliar a latência do sono é o “teste da colher”, inspirado em figuras como Salvador Dalí e Thomas Edison, que alegadamente eram seus adeptos, explica o IFLScience.
O teste consiste em deitar-se numa sala tranquila durante a tarde a segurar uma colher sobre um tabuleiro de metal. Ao adormecer, o relaxamento muscular faz com que a colher caia, criando um ruído que acorda o indivíduo. Ao registar o tempo necessário para que isto aconteça, é possível estimar a latência do sono.
O médico Michael Mosley popularizou esta técnica num documentário da BBC, mas os especialistas são céticos quanto à sua validade científica. Sharkey observa que, embora o teste da colher ilustre o desligamento cognitivo antes do relaxamento muscular total, não mede com precisão o início do sono, nem tem em conta as diferenças individuais nos ciclos de sono.
Se a latência do sono for consistentemente demasiado longa ou demasiado curta, os especialistas recomendam melhorar a higiene do sono através de estratégias comportamentais. Manter um horário de sono regular, evitar a cafeína, limitar as sestas e ir para a cama apenas quando se tem verdadeiramente sono podem ajudar a regular os padrões de sono. As pessoas com dificuldades persistentes em dormir devem consultar um profissional de saúde para excluir doenças subjacentes.
Embora o “teste da colher” seja um conceito intrigante, a sua utilidade prática como ferramenta científica continua a ser discutível. Para as pessoas preocupadas com a qualidade do seu sono, os estudos tradicionais do sono e as consultas com especialistas continuam a ser a abordagem mais eficaz.
E isso serve para quê? Acordar sobressaltado e não conseguir voltar a adormecer nos 30 minutos supostamente mais saudáveis?! Mais uma tontice!