(dr) Tesla
Tesla Model S
Desde 2018, a Tesla teve de retirar do mercado 3.800.000 carros por uma série de razões, desde falhas de software a problemas de direção. Ainda assim, a empresa de Elon Musk é o maior vendedor de veículos elétricos do mercado.
Na semana passada, foi anunciado que a Tesla iria recolher mais de 362 mil dos seus veículos nos Estados Unidos (EUA) devido a problemas com o seu software Full Self-Driving Beta, relatou o Unilad.
A National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) disse que o software permite aos veículos “exceder os limites de velocidade ou viajar através de cruzamentos de forma ilegal ou imprevisível, aumentando o risco de acidente”.
Com início em 2018, a empresa retirou voluntariamente 123 mil dos seus automóveis Modelo S devido a um problema com um componente de direção. Num e-mail direcionado aos seus clientes, a empresa explicou na altura que havia “corrosão excessiva” no parafuso da direção assistida dos carros afetados.
“Isso torna o carro mais difícil de conduzir a baixa velocidade e no estacionamento paralelo, mas não afeta o controlo a alta velocidade, onde apenas é necessária uma pequena força no volante”, referiu a empresa.
Em 2021, mais 285 mil veículos foram retirados do mercado na China, incluindo os Modelo 3 e Modelo Y. Essa decisão deveu-se a preocupações com a segurança do controlo de cruzeiro.
Segundo o Wall Street Journal, a administração estatal chinesa para a regulação do mercado alegou que um problema de software poderia ativar por acidente o sistema de controlo de cruzeiro, fazendo com que acelerasse de forma imprevisível.
No mesmo ano, foram retirados mais 675 mil automóveis da marca, tanto nos EUA como na China, por questões relacionadas com a montagem do trinco.
Houve duas recolhas em fevereiro de 2022, a primeira das quais envolveu o software Full Self-Driving Beta. Cerca de 53 mil carros foram retirados do mercado. Pouco depois foram removidos outros 817 mil, devido a problemas com o aviso sonoro de utilização do cinto de segurança nos Modelo S, Modelo X, Modelo 3 e Modelo Y.
Talvez um dos incidentes mais significativos tenha ocorrido em setembro de 2022, quando 1,1 milhões de carros foram retirados do mercado após ter sido detetado um defeito em vários sedans Modelo 3 e SUV de Modelo Y.
A Tesla explicou que o sistema de inversão automática das janelas poderia estar a reagir incorretamente se houvesse uma obstrução.
Em novembro de 2022, seguiram-se outras retiradas, incluindo 40 mil automóveis com uma falha na direção assistida e mais 30 mil devido ao risco de os airbags acionarem incorretamente em determinadas situações.
No mesmo mês, a Tesla retirou 321 mil veículos por causa de uma falha de software que fez com que os faróis traseiros de alguns dos seus modelos piscassem ao acaso.
Embora o número de carros da marca Tesla retirados do mercado seja expressivo, a verdade é que essas retiradas na indústria automóvel não são raras. Os veículos são retirados para que sejam resolvidos potenciais problemas.
