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Terceira dose da vacina do sarampo está apenas em estudo

Sanofi Pasteur / Flickr

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, esclareceu que no futuro, e depois de muita investigação, pode vir a ser necessária uma terceira dose da vacina do sarampo. “Mas agora não é”.

Depois de ter sido ouvida na Comissão da Saúde, nesta terça-feira, a pedido do PCP e do PS, Graças Freitas esclareceu ao Diário de Notícias que, neste momento, “as duas doses estão corretas, tanto aqui como em toda a Europa, Canadá, Estados Unidos, Austrália”.

No entanto, admite que esta situação pode mudar, já que “os vírus, as doenças e as vacinas são coisas que vão evoluindo”. Para já, frisou a diretora-geral da Saúde, não existe qualquer recomendação para uma terceira dose.

“Não há um único estudo científico ou recomendação internacional que aponte para a necessidade de uma terceira dose da vacina do sarampo. No futuro, depois de muitos estudos e muita investigação, pode vir a ser necessária, mas agora não é“, explicou.

Ao longo do surto de sarampo foram confirmados 86 casos, 80 dos quais já se encontram curados e a maioria com ligação ao hospital de Santo António, no Porto. Entre os infetados, 80% estavam vacinados com duas doses. “Estavam, portanto, completamente e muito bem vacinados”, afirmou na Comissão de Saúde.

A diretora-geral da Saúde explicou que todos os infetados desenvolveram uma “forma ligeira e modificada da doença“, mas não a transmitem. O que modificou foi o estado imunitário das pessoas, e não o vírus.

O caso zero, avançou Graças Freitas, ainda não está confirmado. “Temos três possíveis linhagens de caso zero”, adiantou, acrescentando que as investigações ainda estão a decorrer. Em relação às diferenças entre o atual surto e o de 2017, Graça Freitas explicou que o atual só atinge adultos jovens.

Ana Rita Cavaco, bastonária dos enfermeiros, denunciou, na comissão, o desperdício de centenas de vacinas devido a quebras de energia que desligam os frigoríficos e declarou ainda que existem ruturas no abastecimento destes fármacos em certas unidades do país.

Ao DN, Graça Freitas não comentou as declarações da bastonária, mas garantiu que não existe nenhuma rutura no país. “Se pontualmente falta alguma vacina é porque não é encomendada” pela unidade de saúde, disse.

ZAP //

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