Aplicada terapia focal para combater cancro da próstata – e parece que está a resultar 

A grande maioria dos pacientes que optam pela terapia focal não se arrepende de ter escolhido este tratamento.

Para combater o cancro da próstata, existe diversos tratamentos.

Os resultados são bons mas muitas vezes surgem efeitos secundários significativos e consideráveis.

Por isso, surgiu a terapia focal. Um método alternativo, no cancro de próstata localizado, que se apresenta como minimamente invasivo.

A terapia focal trata de áreas específicas de tumor dentro da próstata sem precisar de remover toda a glândula.

Antes de escolher a terapia focal, deve-se analisar: gravidade do cancro, preferência do paciente, esperança de vida, desempenho pré-tratamento e sintomas geniturinários.

“Enquanto as terapias radicais têm efeitos secundários muitas vezes irreversíveis, a Terapia Focal tem a vantagem de preservar as funções urinária e sexual, para além de ser uma técnica minimamente invasiva e com uma recuperação muito rápida”, explica o médico Sanches Magalhães, fundador do Instituto de Terapia Focal da Próstata.

O método tenta melhorar a qualidade de vida (sem comprometer o combate ao cancro), é cada vez mais utilizada para o combate à doença e, aparentemente, está a resultar.

Um estudo publicado no European Urology mostra que 88% dos pacientes que escolheram este método dizem que essa foi a decisão certa. Se voltassem atrás, 85% tomariam a mesma opção.

Dados anteriores sugerem que até 25% dos pacientes podem arrepender-se durante os outros tratamentos. A toxicidade do tratamento e, sobretudo, a disfunção sexual e urinária são os factores essenciais para esse arrependimento.

Sanches Magalhães destacou a eletroporação irreversível, ou Nanoknife. É uma fusão das imagens de ressonância magnética e ecografia e que preserva as funções urinária e sexual. É uma técnica que permite tratar o cancro na próstata em cerca de 30 a 90 minutos, através de uma intervenção minimamente invasiva, sendo possível ter alta logo no mesmo dia.

“São introduzidas agulhas (eléctrodos) através do períneo, entre o ânus e os testículos, e entre cada par de agulhas é gerado um campo elétrico de alta intensidade e curtíssima duração, que destrói apenas a membrana celular”, descreveu o médico, que reforçou que o tempo de recuperação é baixo, e com menos dor, porque não se realizam incisões.

ZAP //

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