Taxistas contra a Uber bloqueiam aeroporto de Lisboa

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Uma manifestação espontânea de taxistas contra a Uber parou o aeroporto da Portela, em Lisboa, na tarde desta quarta-feira, impedindo qualquer transporte de passageiros.

A manifestação terá começado porque um dos taxistas denunciou um carro da Uber à Polícia de Segurança Pública (PSP), pedindo que identificassem o veículo.

“O polícia, em vez de identificar o carro, identificou e multou o taxista” por ter bloqueado o carro do motorista da Uber, explicou Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa de Táxis (FPT).

Contactada pelo Observador, fonte da PSP não confirmou que tivesse havido algum “incidente de relevo”, afirmando apenas que houve “alguma necessidade de ordenar o trânsito” porque um grupo de taxistas começou a concentrar-se na zona das chegadas, bloqueando o acesso dos passageiros.

O presidente da FPT disse ao Observador que os taxistas estão revoltados. “Já devíamos ter uma resposta do Governo e não vamos sair daqui enquanto não houver uma resposta satisfatória daquilo que o Governo vai fazer face a este assunto”, alertou o responsável, acrescentando que a manifestação terá começado por volta das 14h40 e que envolve cerca de 600 carros.

Fonte oficial da ANA confirmou ao Económico que “há um número elevado de táxis estacionados junto às chegadas que não estão a receber passageiros”. No entanto, a acção de protesto “não está a condicionar a circulação de e para o aeroporto de Lisboa”.

Eduardo Cacais, da FPT, referiu ao Notícias ao Minuto que os presidentes da FPT e da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em automóveis Ligeiros (ANTRAL) estão reunidos com a administração da ANA – Aeroportos de Lisboa para discutir o assunto e para “os sensibilizar”. A Federação Portuguesa do Táxi diz já ter recebido também um contacto da secretaria de Estado do Ambiente.

Em abril do ano passado, a ANTRAL interpôs uma providência cautelar contra a Uber que foi aceite pelo Tribunal da Comarca de Lisboa.

A Uber foi intimada a encerrar a app usada para transporte de passageiros, mas manteve os serviços UberX e Uber Black ativos alegando que a providência foi dirigida à entidade jurídica errada: a Uber Technologies, nos EUA, em vez da sede da Uber na Holanda, à qual responde a delegação portuguesa.

A ANTRAL acusa a Uber de “continuar a trabalhar da mesma forma” que trabalhava antes da decisão do tribunal e considera a Uber como concorrência ilegal, alegando que põe em risco o público em geral, não paga impostos e “funciona de forma opaca”.

No entanto, a empresa defende que cumpre “inteiramente a legislação em vigor” e assegura que funciona com “parceiros licenciados” que pagam impostos.

ZAP

1 Comment

  1. Senhores taxistas porque não criar a UberTAXI , não lutem contra a Uber mas antes juntem-se a eles certo. Só para lembrar que já anda por ai a UberMOTO.

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